Especialistas enfatizam a importância do estudo de acidentes anteriores como ferramenta para prevenir acidentes aéreos, especialmente em regiões com condições climáticas e geográficas específicas, como a região amazônica.
Segundo o perito aeronáutico Daniel Celso Calazans, os pilotos que operam nessa região devem estar preparados para enfrentar fenômenos meteorológicos críticos, característicos da Amazônia. Isso inclui conhecer os horários e as características desses fenômenos, como ventos fortes e rajadas, para operar de maneira segura.
Além disso, é fundamental que os pilotos conheçam suas aeronaves e os limites que elas podem suportar em relação às condições climáticas, como ventos fortes. O perito destaca que muitas aeronaves têm limites específicos e que o desconhecimento desses limites pode comprometer a segurança dos voos.
A região de Barcelos, no interior do Amazonas, é um importante destino para a pesca esportiva, atraindo turistas brasileiros e estrangeiros. A frequência de voos para a região costuma aumentar durante a alta temporada de pesca, de setembro a março.
No entanto, as condições climáticas podem ser desafiadoras, com chuvas intensas e outras adversidades. O recente acidente na região ressalta a importância de os pilotos estarem bem preparados e cientes das condições locais.
Os especialistas também enfatizam a necessidade de aproveitar as recomendações e conclusões de investigações de acidentes anteriores para aprimorar a formação e especialização de pilotos. Isso poderia contribuir significativamente para a redução do número de acidentes aéreos.
Paulo Licati, especialista em segurança de aviação, ressalta a importância de uma mudança de mentalidade em relação à segurança de voo, incluindo o acompanhamento da meteorologia e manutenção adequada das aeronaves. Além disso, ele enfatiza a importância de pilotos lerem sobre segurança e acidentes passados como parte de seu treinamento contínuo.
Em resumo, o estudo de acidentes anteriores e a conscientização sobre as condições locais são fundamentais para a prevenção de acidentes aéreos em regiões desafiadoras, como a Amazônia.