A economia criativa no Brasil está projetada para gerar um milhão de empregos até 2030, elevando sua atual participação de 3,11% no PIB. Essa estimativa é do Observatório Nacional da Indústria (ONI), vinculado à Confederação Nacional da Indústria (CNI). Atualmente, a economia criativa emprega cerca de 7,4 milhões de brasileiros, mas esse número deve subir para 8,4 milhões na próxima década.
Esse crescimento é impulsionado pela necessidade de inovação e criatividade em diversos setores, incluindo empreendedorismo, indústria, serviços e tecnologia. A dimensão tecnológica desempenha um papel fundamental, com o desenvolvimento de produtos digitais como um dos principais motores desse crescimento.
Profissionais que trabalham na economia criativa geralmente possuem níveis mais elevados de educação e recebem salários cerca de 50% maiores do que aqueles em outros setores. A remuneração média na economia criativa é de R$ 4.018, enquanto a média em outros setores fica em torno de R$ 2.691.
O setor de moda é o líder em número de estabelecimentos na categoria de empreendedorismo, seguido por publicidade e serviços empresariais, serviços de tecnologia da informação, desenvolvimento de software e jogos digitais, além de atividades artesanais. A introdução de tecnologias, como a Inteligência Artificial e a automação, está transformando profissões tradicionais, tornando-as mais tecnológicas e impulsionando a criação de empregos.
Embora um projeto de lei para criar a Política Nacional de Desenvolvimento da Economia Criativa esteja em tramitação no Congresso Nacional, prioridades governamentais podem atrasar sua discussão. No entanto, a importância crescente da economia criativa para a economia brasileira torna provável que essa discussão seja retomada em algum momento.