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De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), em 2022, a cada R$ 1 bilhão que o Brasil exportou para a União Europeia (UE), foram gerados 21,4 mil empregos. Esse dado revela o impacto positivo das exportações para a UE na geração de empregos no país. Além disso, o acordo de livre comércio entre o Mercosul e a UE está projetado para impulsionar ainda mais a criação de empregos formais, especialmente no setor industrial.

A relevância desse acordo reside no fato de que quase metade das exportações brasileiras para a UE são produtos industriais. Portanto, a formalização do tratado entre os blocos econômicos tem o potencial de estimular o emprego nas fábricas, algo fundamental para a economia do Brasil.

Welber Barral, ex-secretário de Comércio Exterior e doutor em direito internacional pela USP, destaca a importância desse acordo como uma oportunidade para reverter o processo de desindustrialização precoce que o Brasil enfrenta. Ele ressalta que a indústria oferece os melhores salários e empregos mais especializados, tornando a reindustrialização uma necessidade para o país.

O senador Renan Calheiros (MDB-AL), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, compartilha a visão de que o acordo pode trazer benefícios significativos em termos de emprego e perspectivas econômicas.

Em comparação com outros parceiros comerciais, como a China, as exportações brasileiras para a UE mostram um impacto ainda mais positivo na geração de empregos, com 21,4 mil empregos gerados a cada R$ 1 bilhão exportado, em comparação com os 15,7 mil empregos gerados a cada R$ 1 bilhão exportado para a China.

O acordo entre o Mercosul e a União Europeia, anunciado em junho de 2019 após duas décadas de negociações, prevê a eliminação gradual dos impostos de importação em mais de 90% do comércio de produtos entre os países dos dois blocos em um período de até 15 anos. No entanto, persistem desafios para a consolidação do acordo, incluindo questões ambientais e de concorrência empresarial. Os europeus têm feito exigências relacionadas ao combate ao desmatamento, enquanto os sul-americanos veem essas demandas como protecionismo para os produtores agrícolas europeus. Além disso, há debates em andamento sobre a competição entre empresas europeias e nacionais nas compras do governo federal brasileiro.

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