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Empresas de diálise que atendem pacientes do SUS estão ameaçando interromper seus serviços devido à falta de reajuste nos valores pagos pelo governo. A Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplante (ABCDT) afirma que as empresas têm enfrentado dificuldades para cobrir os custos e buscam negociações com o Ministério da Saúde para obter uma recomposição real dos preços.

Atualmente, oito em cada dez pacientes das clínicas de diálise são provenientes do SUS, que contrata a rede privada para atendê-los. No total, são 150 mil pacientes, incluindo os particulares, que dependem desses serviços. Após seis anos sem reajustes, em 2021 foi concedido um aumento de 12%, considerado insuficiente pela ABCDT.

Durante uma reunião com representantes das empresas e técnicos do Ministério da Saúde, foi proposto um aumento de 10,3%, o que não foi bem recebido pelas clínicas de diálise. Segundo a associação, os custos por paciente já estão defasados em mais de 50%. Atualmente, o governo paga R$ 218 por tratamento, enquanto o custo total por sessão é de R$ 303.

Além das empresas de diálise, hospitais privados e instituições filantrópicas também têm enfrentado problemas devido à defasagem da tabela do SUS, que não acompanhou o aumento nos custos de insumos, medicamentos e procedimentos durante a pandemia.

Até o momento, o Ministério da Saúde não se pronunciou sobre o assunto. A falta de reajuste dos valores do SUS tem causado preocupação e colocado em risco o atendimento prestado pelas clínicas de diálise à rede pública.

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