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Premiação realizada durante o XVIII Encontro Nordestino do Setor de Leite e Derivados aconteceu em São Luís, durante a Exposição Agropecuária do Maranhão (Expoema)

Gritos de comemoração ecoaram pelo auditório durante o anúncio dos produtos lácteos agraciados com medalhas na cerimônia de premiação do Concurso de Produtos Lácteos do Nordeste, um dos destaques da programação da 18ª edição do Encontro Nordestino do Setor de Leite e Derivados (ENEL), evento realizado pelo Sebrae nos dias 1º a 4 setembro, no Parque Independência, na capital São Luís. A expectativa por ouvir o nome do seu produto estava estampada no rosto dos participantes do concurso, como Karina Nunes, proprietária da TopGut, empresa que produz iogurte no município de Ribamar Fiquene/MA.

“Estou muito ansiosa. E eu espero ganhar, porque eu fiz um produto bom, de qualidade”, afirmou a empreendedora. Para ela, a medalha não veio dessa vez, mas a avaliação da comissão de jurados vai fornecer um diagnóstico que pode ajudar a ela e aos demais produtores a elevarem ainda mais a qualidade de seus produtos. “Mesmo não recebendo a premiação, o feedback qualificado que é recebido tem um valor muito grande para a melhoria desses produtos. É esse processo de aperfeiçoamento que o Sebrae quer trazer para os produtores de queijo e de produtos lácteos do Maranhão e do Nordeste”, avaliou o coordenador de Desenvolvimento Setorial do Sebrae no Maranhão, Maurício Lima.

Além de fomentar o aprimoramento dos produtos, o concurso também objetiva valorizar e divulgar a excelência dos lácteos produzidos na região. No total, 163 produtos foram premiados com medalhas de ouro, prata e bronze. Dos 118 produtores de estados nordestinos inscritos, 12 são do Maranhão, e, para 7 desses empreendimentos maranhenses, a noite foi de celebração. O estado levou 23 medalhas no total, sendo 5 de bronze, 11 de prata e 7 de ouro. Além disso, 3 produtos maranhenses com medalha de ouro também foram laureados com a premiação máxima do concurso, integrando a Seleção Queijista do ENEL 2024.

Inicialmente, somente 10 produtos fariam parte da lista seleta, mas, por ter havido empate técnico, a comissão de jurados escolheu 11, 3 deles maranhenses: o requeijão da Casa Mineira, de Imperatriz/MA, a manteiga de garrafa e o queijo de manteiga da Laticínio Igarapé, de Igarapé Grande/MA. “O sentimento é de gratidão, de muita felicidade de ver os produtores do Maranhão sendo reconhecidos por seus produtos de qualidade. São produtos arte, e não há como não reconhecer um produto de extrema qualidade”, disse Márcio Cabral, que, na solenidade, representou a Laticínio Igarapé, única empresa a ter mais de um produto na Seleção Queijista do XVIII ENEL.

Da Bahia, a Laticínios Garota foi outra empresa que conquistou várias medalhas, inclusive espaço na Seleção Queijista com o queijo Pérola Negra Garota. Segundo a proprietária Roberta Gusmão, foi emocionante receber esse reconhecimento. “É gratificante demais, porque é um trabalho árduo que nós desenvolvemos há muito tempo. A cada dia procuramos aperfeiçoar, fazer o melhor, levar o melhor para a mesa do consumidor. O sentimento hoje é de emoção e de gratidão, primeiramente a Deus e à nossa equipe, que trabalha com muito amor, carinho e dedicação para fazermos produtos de qualidade”, compartilhou.

Avaliação — O concurso possui cinco categorias: Queijo Artesanal Tradicional, Queijo Artesanal de Leite Cru, Queijo Artesanal de Leite Pasteurizado, Queijos Finos e Produtos Lácteos. Apenas produtos com registro sanitário (SIM, SIE, SIF, SISBI e Selo Arte) que são produzidos no Nordeste, utilizando leite de origem nordestina, puderam concorrer, independentemente do porte da empresa.

Na segunda-feira (2), a comissão de jurados avaliou as diversas amostras de produtos recebidas, entre queijos, iogurtes, doces de leite e outros lácteos. De acordo com a nota atribuída a cada amostra, considerando aparência, aromas, textura em boca, sabor e equivalência à categoria, os produtos receberam medalhas de ouro, prata ou bronze. Os 11 mais destacados integraram a Seleção Queijista do ENEL 2024, após nova avaliação dos medalhistas de ouro, realizada por queijistas na terça-feira (3).

O concurso foi planejado e operacionalizado pela Prêmio Queijo Brasil, contratada pelo Sebrae considerando a expertise na organização de premiações desse tipo. O diretor executivo da empresa, Fabrício Scalco, esclareceu que os jurados receberam as amostras somente com um código e a identificação da categoria e do tipo do produto, não sendo possível identificar a procedência, a fim de garantir a imparcialidade das avaliações.

Além disso, os jurados são profissionais qualificados, com origens, formações e experiências diversas, de modo a possibilitar maior pluralidade de percepções. Eles são queijistas, técnicos de laticínios, veterinários e gastrônomos habituados a trabalharem com queijos, e representantes de instituições que integram a cadeia do queijo nordestino. “São aproximadamente 40 jurados, vindos de todas as partes do Brasil. Temos jurados do Rio Grande do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Distrito Federal e muitos jurados do Nordeste também”, explicou Scalco.

Filipe Pantoja recebendo as premiações

Queijo de Colinas – A empresa Laticínio Sertão, de Colinas-MA, do empresário Filipe Pantoja, participou do concurso com quatro queijos.

Com o queijo minas frescal, coalho com orégano, a Laticínio Sertão ganhou duas medalhas de outro. E com o queijo coalho tradicional e a ricota, foi premiada com duas medalhas de prata.

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