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Claudia Sheinbaum venceu a eleição presidencial do México no último domingo (2), tornando-se a primeira mulher a assumir o cargo no país. A vitória de Sheinbaum foi anunciada pela projeção oficial da contagem preliminar dos votos, realizada pelo Instituto Nacional Eleitoral (INE). De acordo com a estimativa do INE, Sheinbaum obteve entre 58,3% e 60,7% dos votos, enquanto a opositora Xóchitl Gálvez conquistou entre 26,6% e 28,6%1.

Claudia Sheinbaum

Em seu discurso após a votação, Claudia destacou a importância histórica de sua eleição: “Não chego aqui sozinha. Chegamos todas. Com nossas heroínas que nos deram a pátria, nossas ancestrais, nossas filhas e nossas netas. Conseguimos mostrar que o México pode realizar eleições pacíficas” . Ela também prometeu um governo com “austeridade republicana e disciplina financeira fiscal”, garantindo que não haverá aumento real nos preços de combustíveis e eletricidade. Além disso, enfatizou que seu governo será honesto, sem corrupção e impunidade, e respeitará a liberdade empresarial e o meio ambiente.

Quanto à sua trajetória, Sheinbaum construiu uma carreira acadêmica antes de ingressar na política. Ela é formada em física pela Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM), pós-graduada em engenharia ambiental e fez pós-doutorado na Universidade da Califórnia em Berkeley, nos Estados Unidos. Sua participação no Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática da ONU (IPCC) também lhe rendeu um Prêmio Nobel da Paz em 2007.

Na esfera política, Claudia foi secretária de Meio Ambiente da Cidade do México. Nessa época, o prefeito era Andrés Manuel López Obrador, que posteriormente se tornaria presidente pelo partido que ele próprio fundou, o Morena.

Sheinbaum acompanhou López Obrador no Morena e, após liderar um distrito na capital mexicana, assumiu o cargo de prefeita. Durante sua gestão no distrito, em 2017, enfrentou o desafio de gerenciar as consequências de um desmoronamento em uma escola durante um terremoto, que resultou na trágica morte de 26 pessoas, incluindo 19 crianças. Na ocasião, Sheinbaum afirmou que as irregularidades na construção não eram responsabilidade da prefeitura.

Como prefeita da Cidade do México entre 2018 e 2023, Claudia Sheinbaum enfrentou outros desafios significativos, incluindo a pandemia de Covid-19 e o colapso de uma linha do metrô. No caso do acidente no metrô, ela negociou um acordo com a empresa construtora, pertencente ao magnata Carlos Slim: as vítimas receberam indenização e o caso não foi levado aos tribunais . Sua gestão foi marcada por uma abordagem comprometida com a austeridade fiscal e a responsabilidade ambiental.

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