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O presidente Lula  tem apresentado despesas mais elevadas com o cartão corporativo em seu terceiro mandato em comparação com seus antecessores, incluindo Jair Bolsonaro, Michel Temer e Dilma Rousseff.

Ricardo Stuckert/Divulgação

De acordo com registros disponíveis até agora, referentes aos sete primeiros meses do terceiro mandato de Lula, suas despesas no cartão corporativo somaram aproximadamente R$ 8 milhões, estabelecendo um novo recorde de gastos presidenciais. Essa média mensal de gastos coloca Lula à frente de Bolsonaro, cujas despesas mensais durante todo o seu governo chegaram a cerca de R$ 1 milhão. Temer e Dilma tiveram despesas mensais menores, em torno de R$ 584 mil e R$ 905 mil, respectivamente.

Esses dados são provenientes do Portal da Transparência, mantido pela CGU (Controladoria-Geral da União), que disponibiliza informações sobre as despesas presidenciais desde janeiro de 2013 até agosto de 2023, com correções de inflação.

As comparações se baseiam nas faturas do CPGF (Cartão de Pagamento do Governo Federal) da Secretaria de Administração da Presidência da República, responsável pelas despesas do presidente, de sua família e de funcionários próximos.

Os cartões corporativos são geralmente usados para despesas que incluem compra de materiais, prestação de serviços, abastecimento de veículos oficiais e financiamento da segurança presidencial em viagens, além da manutenção e realização de eventos na residência oficial, o Palácio da Alvorada.

Embora os gastos de Lula tenham sido associados principalmente a suas viagens internacionais, as informações detalhadas e as despesas específicas não são publicamente disponíveis devido ao sigilo imposto pela CGU, alegando preocupações com a segurança presidencial.

Os cartões corporativos foram criados em 2001 e são destinados a pessoas em posições-chave do governo, cobrindo despesas urgentes, compras de produtos e serviços, bem como gastos relacionados a viagens oficiais.

Embora o sigilo tenha sido parcialmente derrubado para divulgar os gastos dos presidentes anteriores, o detalhamento completo das despesas de Lula permanece oculto, gerando debates sobre transparência e responsabilidade financeira. A oposição no Congresso busca avançar na apuração dessas despesas, pedindo uma auditoria nos gastos por meio do Tribunal de Contas da União (TCU).

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