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Enterrado, na manhã deste sábado, 30, no cemitério Parque da Saudade, no Vinhais, o médico ciclista Édson Soares, intensivista do Hospital Nina Rodrigues, natural de Nilópolis (Rio de Janeiro), que morreu nessa sexta-feira, atropelado por um veículo Fiesta Sedan conduzido pelo empresário baiano José Coelho de Oliveira, 44 anos, conhecido como “Zé Baiano”. José Coelho foi autuado em flagrante, está preso e deve ser levado para o Complexo Penitenciário de Pedrinhas ainda hoje, pois, segundo apurou O INFORMANTE, a sua prisão já teria sido convertida em preventiva, durante audiência de custódia realizada neste sábado.

Antes do cortejo, ciclistas se reuniram na Avenida Litorânea

 

Inúmeros ciclistas acompanharam o cortejo, que também teve a presença de colegas do médico Édson Soares que trabalham no Nina Rodrigues, e do deputado estadual Carlos Lula. No enterro, durante uma pequena manifestação feita pelos ciclistas, repetiu-se um apelo que já havia sido feito durante o velório de Soares, no Salvatore (Calhau). Amigos de Édson Soares, além do clamor por justiça, fizeram um apelo ao deputado Carlos Lula para que se engajasse na luta deles por um espaço adequado para ciclistas profissionais que treinam em avenidas de São Luís. Não se trata de ciclovia nem ciclofaixa, mas de um espaço destinado especificamente a profissionais desse esporte, que normalmente pedalam perigosamente nas avenidas, em pleno asfalto. Além disso, em relação à Litorânea, eles querem que seja estipulada uma velocidade máxima de 60 km com redutores ao longo de toda a avenida.

O deputado Carlos Lula se comprometeu a ajudar na causa e informou que na terça-feira falará sobre o assunto no Plenário da Assembleia Legislativa. “Vamos ver o que pode ser feito no sentido de ajudar e dar segurança para os praticantes do ciclismo no Maranhão”, disse o parlamentar, em contato com O INFORMANTE. Segundo Lula, providências precisam ser tomadas.

Incidente com equipe de Flávio Dino no aeroporto – Na sexta-feira, horas depois da morte de Édson Soares, um representante dos ciclistas encontrou por acaso, no aeroporto Cunha Machado, com o ministro Flávio Dino, que estava desembarcando em São Luís. Ele se dirigiu a Dino, disse que mais um ciclista havia morrido e que alguma coisa precisava ser feita. Provavelmente sem saber o que tinha acontecido e/ou entendendo que se tratava de uma importunação normal como vem acontecendo com personalidades públicas nos aeroportos do Brasil, Dino não teria dado atenção ao cidadão, que, chateado, “partiu pra cima”, sendo mais incisivo nas cobranças. A segurança de Flávio Dino interveio para conter o representante ciclista. Ele reagiu dizendo que era cidadão norte-americano e que se alguém encostasse nele iria ter problemas com a embaixada dos Estados Unidos no Brasil. Com isso, a situação foi acalmada.

O INFORMANTE não conseguiu identificar o ciclista envolvido no incidente, de estatura baixa e forte. Ele teria uma loja de produtos importados em São Luís e possuiria como clientes, inclusive, funcionários da Assembleia Legislativa do estado.

 

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