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O Tribunal do Júri de Imperatriz condenou Moisés Pereira Cruz a 30 anos de prisão pelo assassinato da própria esposa, envenenada em novembro de 2022 no povoado Bananal, em Governador Edison Lobão.

De acordo com a denúncia do Ministério Público do Maranhão (MPMA), Moisés usou “chumbinho” para envenenar um açaí consumido pela vítima após ela retornar da igreja.

A mulher foi socorrida, mas chegou sem vida à Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

Inicialmente, a causa da morte foi registrada como infarto, mas o irmão da vítima desconfiou da versão e solicitou novos exames.

Os laudos periciais confirmaram a presença do veneno no sangue da vítima.

Durante as investigações, a substância foi encontrada com Moisés, que, no dia do crime, recusou-se a chamar ajuda médica.

Segundo o MPMA, o crime foi motivado pelo fato de a vítima ter descoberto que Moisés estuprava suas filhas, enteadas do acusado. Para evitar ser denunciado à polícia, ele decidiu matá-la.

As investigações também revelaram que a convivência no lar era marcada por violência doméstica, incluindo agressões físicas, violência psicológica e abusos sexuais contra as enteadas, que eram ameaçadas e obrigadas a manter silêncio. A vítima, que planejava se separar, temia as represálias do companheiro.

Além da condenação por feminicídio, Moisés responde a um processo separado pelos crimes de estupro de vulnerável e falsificação de documento público. A data do julgamento desses casos ainda não foi definida.

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