A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e o Ministério de Portos e Aeroportos anunciaram uma investigação conjunta sobre a morte do cachorro Joca, que gerou comoção nas redes sociais e levantou questões sobre o transporte de animais em aeronaves. Além disso, foi criado um grupo de trabalho para revisar as regras de transporte de animais domésticos em voos comerciais.
O anúncio foi feito pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), juntamente com o deputado federal Fernando Marangoni (União-SP), durante uma reunião na noite desta terça-feira (23). Segundo Marangoni, o ministro e a Anac se comprometeram a abrir um processo para apurar responsabilidades e aplicar as penalidades cabíveis, dependendo dos resultados da investigação.
Costa Filho também informou sobre a criação de um grupo de trabalho no ministério, com o objetivo de revisar as políticas de transporte de animais em aviões, em parceria com a Anac. A intenção é desenvolver políticas públicas mais eficazes e seguras para o transporte de animais domésticos.
O caso do cão Joca, que tinha 4 anos, ganhou destaque após seu tutor, João Fantazzini, relatar que o animal deveria viajar de São Paulo para Mato Grosso, mas acabou sendo enviado para Fortaleza, no Ceará, devido a um erro da companhia aérea Gol. Ao retornar para São Paulo em busca do animal, João encontrou Joca sem sinais vitais no terminal de cargas do Aeroporto de Guarulhos.
A causa da morte do cão foi atribuída a uma “parada cardiorrespiratória com causa ainda a ser esclarecida”. A Gol lamentou o ocorrido e suspendeu temporariamente o transporte de cães e gatos nos porões de suas aeronaves, além de suspender a venda do serviço por 30 dias.
Este não é o primeiro incidente envolvendo a Gol e o transporte de animais. Em 2021, a empresa enfrentou críticas após a cachorra Pandora desaparecer durante uma conexão no Aeroporto de Guarulhos, sendo encontrada apenas 40 dias depois.