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Nesta segunda-feira (29), a Polícia Federal iniciou uma operação para investigar se aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) utilizaram, de maneira imprópria, outras ferramentas de espionagem, além do controverso software First Mile, que possibilita o monitoramento da geolocalização de celulares em tempo real.

A investigação aponta que o ex-diretor da agência, Alexandre Ramagem, teria usado sua posição para “incentivar e encobrir” o uso de um programa espião, sendo suspeito também de buscar provas e relatórios em defesa dos filhos de Bolsonaro e espionar adversários políticos, incluindo Joice Hasselmann e Rodrigo Maia.

Além disso, há indícios de que a Abin teria sido usada para monitorar a promotora de Justiça envolvida no caso do assassinato de Marielle Franco. O ministro Alexandre de Moraes classificou a conduta de Ramagem como “de natureza gravíssima” ao autorizar buscas contra o ex-diretor.

O First Mile, adquirido pela Abin, é capaz de rastrear dados de geolocalização a partir das torres de comunicação da região, permitindo o monitoramento de até 10 mil pessoas por ano. A operação busca esclarecer o alcance e as consequências desse suposto uso indevido de recursos de inteligência.

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