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O Governo do Estado, por meio da Maranhão Parcerias (Mapa), participa da 14ª edição do Brazil WindPower, principal evento de energia eólica da América Latina, que acontece no pavilhão da São Paulo Expo, em São Paulo, em formato de feira e congresso.
Com o tema ‘Política industrial verde e transição energética justa: o protagonismo brasileiro’, o evento, que foi iniciado nessa terça-feira, 12, aborda a expansão dos parques eólicos, o potencial das plataformas offshore e a expectativa da produção de hidrogênio verde, com responsabilidade econômica, ambiental e social.

Organizado pelo Conselho Global de Energia Eólica (Gwec) e a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), o Brazil WindPower reúne líderes do setor para discutir avanços, tecnologias e questões regulatórias, promovendo o crescimento sustentável dessa fonte de energia no país.

O evento, que segue até quinta-feira, 14, apresenta palestrantes de renome e oportunidades de networking para impulsionar o desenvolvimento do setor eólico no Brasil e América Latina. É uma importante iniciativa em meio aos desafios das mudanças climáticas e da transição para fontes de energias renováveis.

Durante a abertura, a região Nordeste foi destacada pelo protagonismo sustentável e social, com PIB crescendo 20% nos últimos anos, além do aumento em 21% do IDH. Os números da indústria eólica impressionam pelo que representam para a redução das desigualdades sociais, ressaltou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

“O Brasil conta com mais de 26 watts de potência instalada, mais de R$ 200 bilhões investidos e com impacto de mais de 500 bilhões no PIB, além da geração de mais de 300 mil empregos. Nosso objetivo é manter essa capacidade de entrega e ser o celeiro de energias limpas e renováveis”, disse Alexandre Silveira.

O CEO do Conselho Global de Energia Eólica (Gwec), Ben Backwell, salientou que a expansão plena da tecnologia em consonância com a neutralidade do carbono deve acontecer em um horizonte de 25 anos, crescendo oito vezes em relação a potência instalada atual.

“Nosso país possui uma oportunidade única com sua matriz mais de 80% renovável, podendo ser um importante exportador de commodities verdes. Temos que preparar os próximos passos agora, por isso a inclusão dos temas da eólica offshore e do hidrogênio verde, que pode ser o mais competitivo do mundo” disse Ben Backwell, lembrando que o setor poderá debater e avançar ainda mais a discussão sobre o assunto no próximo encontro do G20 e na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP).

Plenária de Abertura 

A plenária de abertura ‘Panorama das Energias Renováveis no Brasil’, contou com a participação de governadores e representantes dos estados do Nordeste.

Representando o governador do Maranhão, Carlos Brandão, o presidente da Mapa, Cassiano Pereira Junior, apresentou ações realizadas pelo Governo voltadas ao setor, como a Política de Energia Renovável e o Programa de Hidrogênio Verde.

“Um dos objetivos desses programas que estão em cursos no nosso estado é conceder vantagens como isenções tributárias para importação de equipamentos por determinado período para aprimoramentos e conhecimento das novas tecnologias aplicadas para geração de energias renováveis, e de isenção de ICMS de energia gerada, como forma de atrair investidores, entre outras várias ações”, explicou Cassiano Pereira Junior.

O presidente da Mapa discorreu ainda sobre a importância do Complexo Eólico Delta Maranhão, nas cidades de Paulino Neves e Barreirinhas, onde o Maranhão registrou o terceiro maior crescimento na geração de energia pela força dos ventos do país.

Sobre o Hidrogênio Verde, apontado como melhor alternativa para a descarbonização de setores com alta intensidade de emissões de carbono, foi destacado que o Maranhão pode potencializar a cadeia produtiva do etanol e gerar milhares de empregos. O estado possui cinco importantes usinas industriais de etanol nas cidades de Campestre, São Raimundo das Mangabeiras, Tuntum, Coelho Neto e Aldeias Altas.

A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, lembrou que para ser sustentável é preciso ser justo e inclusivo. “Temos um compromisso de fazer essa discussão com a sociedade, se quisermos que o Brasil avance na questão das energias renováveis”, afirmou.

Já o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, explicou que o estado vem desde 2007 construindo a sua estrada. Para isso, ele citou os mapas de energia eólica e solar produzidos pela Bahia. Nos próximos dias, segundo o governador, será apresentado o mapa do hidrogênio verde. “Estamos aprendendo com os setores e nos colocamos à disposição. Nós sabemos do potencial e das nossas responsabilidades” finalizou.

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