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Vídeo mostra comboio de carros de luxo apreendidos chegando à PF durante operação contra tráfico internacional de cocaína

As capitais São Luís (MA), Teresina (PI) e Fortaleza (CE) foram identificadas como destinos finais dos carregamentos de cocaína da quadrilha, desbaratada pela Polícia Federal, nesta quarta-feira, 26, responsável pela rota internacional do tráfico do produto.

Hoje, a PF fez um comboio com carros de luxo e caminhonetes apreendidos na manhã desta quarta-feira, 26, em Araguaína, no norte do Tocantins, durante o cumprimento de mandados da operação Rota Caipira, que apura o tráfico internacional de cocaína. Os veículos estavam em uma concessionária da cidade e foram levados para sede da PF na cidade.

Traficante preso em companhia de modelo piauiense usava disfarce para escapar da Polícia

Esses veículos apreendidos pertencem a um empresário investigado por suposta ligação com o grupo que contrabandeava drogas de países andinos. A suspeita é de que ele estaria lavando o dinheiro do tráfico.

Conforme confirmaram agentes federais, a princípio, o destino final dos carregamentos eram as capitais nordestinas, como São Luís (MA), Teresina (PI) e Fortaleza (CE). “Essa organização criminosa possui toda uma logística voltada ao tráfico, desde pilotos, mecânicos, uma gama de aeronaves, em regra, adulteradas que faziam o transporte da droga, locais estratégicos onde a cocaína era armazenada. Além de uma frota de veículos e pessoas que orbitam a organização criminosa para que fosse possível uma contabilidade paralela”, disse o delegado Allan Reis, da Polícia Federal.

A operação foi autorizada pela Justiça Federal do Tocantins e cumpre mandados em 13 estados: Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará, Mato grosso, Piauí, Rondônia, Roraima, São Paulo, Amazonas, Tocantins, Maranhão, Ceará, Goiás. São 195 ordens judiciais, sendo 28 mandados de prisão preventiva e 95 ordens de busca e apreensão em 13 estados. A polícia conseguiu o sequestro judicial de três propriedades rurais e apreensão de 16 aeronaves ligadas ao esquema. Os investigadores esperam bloquear, ao todo, cerca de R$ 300 milhões dos criminosos.

Caxias e Timon – Para o Maranhão, foram expedidos nove mandados – sete em Caxias e dois em Timon –, sendo três mandados de prisão preventiva, cinco de busca e apreensão e, ainda, a interdição (sequestro com decisão judicial) do imóvel de uma Arena Esportiva em Caxias/MA. A PF em Caxias apoiou operação coordenada pela polícia federal em Araguaína, no Tocantins.
Nesta quinta-feira, 27, a Delegacia de Polícia Federal em Araguaína (TO) realizará entrevista coletiva, às 10h, segundo informou a assessoria da PF no município maranhense.

Tambor cheio de dinheiro – Durante o cumprimento de um mandado de busca em Goiás a PF fez um vídeo mostrando o momento em que agentes encontraram um tambor cheio de maços de dinheiro na casa de um dos alvos.

O delegado Allan Reis explicou que o suposto chefe da organização é um homem que está preso desde 2020 por causa e outra operação da PF.

“O principal investigado já foi preso pela Polícia Federal de Araguaína. Ele era investigado pela PF de Rondônia, quando foi decretada a prisão preventiva e ele fugiu para o Tocantins. Aqui ele montou toda essa logística e no ano de 2020 a gente fez a prisão dele em decorrência de tráfico de 800 kg de cocaína. Hoje a operação tem o objetivo de desarticular todos aqueles que davam apoio logístico a esse investigado.

A investigação começou em novembro de 2020, com uma troca de informações entre a Polícia Federal e a Polícia Militar do Pará, após a apreensão de 815 kg de cocaína em Tucumã (PA).

A Polícia Federal em Araguaína descobriu que a organização criminosa adquiria cocaína fora do país e realizava o transporte através de complexa estrutura aérea até pontos estratégicos localizados nos estados do Pará, Tocantins e Maranhão.

A princípio, o destino final dos carregamentos eram as capitais nordestinas, como São Luís (MA), Teresina (PI) e Fortaleza (CE). A polícia não descarta que a droga também tenha sido enviada para países da Europa por portos da região, mas isso ainda é investigado. (Com G1 Tocantins)

 

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