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Uma ação de policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope), de Sinop-Mato Grosso, na tarde desta quarta-feira, 22, resultou na morte de um dos assassinos que estavam sendo “caçados” por uma força-tarefa após a chacina no ‘Bruno Snooker Bar’, bairro Lisboa, em Sinop-MT (500 quilômetros de Cuiabá). Sete pessoas foram executadas a tiros, a sangue frio, dentre elas três maranhenses, sendo uma das vítimas uma criança de 12 anos, natural de Godofredo Viana.

O morto é Ezequias Souza Ribeiro, de 27 anos. Ele estava em uma região de mata, distante a cerca de 14 quilômetros de Sinop. O comandante geral, da Polícia Militar de Mato Grosso, coronel Alexandre Mendes, confirmou a morte de Ezequias, que no momento da chacina usava uma pistola ponto 40. Ele foi o responsável por render as vítimas e obrigar que se encostassem na parede. Depois, ele também atirou em uma delas, após seu comparsa Edgar Ribeiro de Oliveira, de 30 anos, ter usado uma espingarda calibre 12 para atirar nas vítimas pelas costas.

Durante a caçada, Ezequias estava armado e reagiu na tentativa de não ser preso. Com isso, os militares do Bope atiraram e atingiram o foragido. Ele chegou a ser socorrido e levado ao Hospital Regional de Sinop, mas não resistiu. Com ele, os militares aprenderam a pistola usada nos crimes.

Após o crime, Ezequias e Edgar  fugiram juntos em uma caminhonete S10 de cor branca, mas depois se separaram durante a fuga. Contudo, a Polícia Militar acredita que o comparsa também esteja escondido na mesma região de mata. A caçada em relação a ele continua, segundo informou a site FolhaMax, de Mato Grosso.

A chacina aconteceu no final da tarde de terça-feira de carnaval. Edgar Ricardo de Oliveira, de 30 anos, e Ezequias Souza Ribeiro, de 27 anos, invadadiram o ‘Bruno Snooker Bar’ e mataram a tiros sete pessoas, todas elas a sangue frio. Dentre as vítimas, três maranhenses. Maciel Bruno de Andrade Costa, de 35 anos, dono do Bar, era natural da cidade de Pio XII. Getúlio Rodrigues Frazão Júnior, de 36 anos, e sua filha Larissa de Almeida Frazão, de 12 anos, nasceram em Governador Nunes Freire.
O empresário sul-mato-grossense Josué Ramos Tenório, de 48 anos, conhecido como ‘Zué’, é um dos sete mortos em chacina. Segundo os familiares, a vítima era de Fátima do Sul e atualmente tinha uma distribuidora de frutas em Rondonópolis. Câmeras de segurança registraram toda a ação dos atiradores.

As imagens – Nas imagens, dá para ver quando um dos suspeitos, de camiseta azul, armado com pistola, rende os homens e os leva para perto de uma parede. Na sequência, o outro homem, de camiseta listrada, pega uma espingarda calibre 12 mm na caminhonete estacionada em frente ao estabelecimento e volta fazendo vários disparos. Depois dos tiros, Larissa (de blusa cor-de-rosa) tenta correr para fora do estabelecimento. Ela e outro homem foram mortos, segundo a perícia, com tiros nas costas.

De acordo com o delegado Bráulio Junqueira, as vítimas foram assassinadas com tiros à queima-roupa por Edgar e Ezequias, após desavença por jogo de sinuca. Antes de fugirem de caminhonete, um dos suspeitos pega uma quantia de dinheiro que está na mesa de sinuca e outros objetos.

Foram mortos, também, Orisberto Pereira Sousa, de 38 anos; Adriano Balbinote, de 46 anos; Josué Ramos Tenório, de 48 anos, e Elizeu Santos da Silva, de 47 anos, que chegou a ser socorrido, mas morreu no hospital.

Motivação – De acordo com o delegado Bráulio Junqueira, de Sinop-MT, que conduz a investigação, os autores estavam jogando sinuca e apostando, a princípio, contra Getúlio, na parte da manhã. Ambos perderam várias partidas e acumularam uma dívida de R$ 4 mil. À tarde, Edgar e Ezequias, segundo as investigações preliminares, voltaram e perderam mais algumas partidas. Edgar, que estava jogando as partidas, teria ficado irritado com as piadas dos presentes. Ele e Ezequias foram até o carro e cada um pegou uma arma. Pelas imagens, a polícia identificou que Edgar saiu do veículo com uma espingarda e Ezequias com uma pistola 380.

Ambos têm passagens policiais. Edgar, que diz ser empresário, tem registro por violência doméstica. Já Ezequias por porte ilegal de arma, roubo em quadrilha, lesão corporal e ameaça. Os dois estão foragidos.

Antes da chacina, algumas das vítimas gravaram vídeos no estabelecimento. As imagens das câmeras de segurança também mostravam uma movimentação tranquila no local.