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A Polícia do Maranhão está em alerta máximo contra possíveis ataques de criminosos de alta periculosidade no Estado. Alguns deles, que estavam recolhidos no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, foram beneficiados com saída temporária e não retornaram.

O sinal de alerta foi aceso depois dos ataques noticiados em Criciúma (Santa Catarina) e Cametá, no Pará, onde quadrilhas fecharam ruas, abordaram veículos e fizeram uma série de disparos durante roubos a agências bancárias

Novo cangaço – Em reportagem publicada ontem, 2, a revista Época relatou que o assalto a uma agência do Banco do Brasil de Criciúma, na madrugada dessa terça (1), rendeu uma série de menções ao conceito de “novo cangaço” na internet. A expressão remete à onda de violência no sertão nordestino entre os séculos XVIII e XX e passou a ser associada às ações de bandos itinerantes que roubam instituições financeiras e atacam quartéis policiais de cidades pequenas e médias.

“Nessa quarta (2), a cidade de Cametá (PA), localizada a 235 km de Belém do Pará, foi alvo de ação semelhante, com tiros pelas ruas promovido por um bando que, segundo a Secretaria de Segurança no Pará, atacou uma agência bancária”, informou a Época.

Conforme a revista, o termo “novo cangaço” surgiu no final da década de 1990 e se consolidou no anos 2000 com os ataques promovidos por grupos criminosos que invadiam municípios no Nordeste para assaltar bancos e carros-fortes, muitas vezes tomando conta do local. O modus operandi foi logo associado ao dos cangaceiros que aterrorizavam a região com saques e brutalidades”.

Pesquisa nacional – “A mais recente Pesquisa Nacional de Ataques a Bancos, realizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT (Contraf-CUT), apontou que, em 2018, foram registrados 3.388 ataques a agências bancárias, correspondentes bancários, postos dos Correios e casas lotéricas. O número representou um aumento de 3% em relação ao ano anterior. Arrombamentos e explosões lideravam o ranking de modalidades mais frequentes”, informa a matéria elaborada pelo jornalista Rodrigo Castro.

Integrantes das organizações criminosas – No Maranhão, o blog O INFORMANTE (JP online) obteve informações sobre ocorrências de roubos a instituições financeiras e carros-fortes. Seguem dados atualizados sobre alguns sobre integrantes dessas organizações criminosas:

• ANTONIO CARLOS DA SILVA COELHO (“Carlinhos”) responde a vários processos criminais no Maranhão por participação em roubos a instituições financeiras. Atualmente encontra-se em prisão domiciliar.

• DENILSON DA SILVA COELHO (“Denis”), irmão de “Carlinhos”. também responde a vários processos criminais no Maranhão por participação em roubos a instituições financeiras. Foi beneficiado com saída temporária no dia 12 de outubro de 2019 (Dia da Criança) e não retornou após o período determinado. Foi preso no dia 16 de janeiro de 2020 em um sítio na zona rural de Teresina, na companhia de Walisson Eduardo Costa de Melo, ocasião em que foram apreendidos três fuzis, entre eles um fuzil de calibre .50, e farta munição. Atualmente está preso na Penitenciária Professor José Ribamar Leite, em Teresina. Em consulta ao sistema Infoseg constatou-se a existência de mandado de prisão pendente de cumprimento oriundo da comarca de Esperantina – PI.

• LUCAS BAGGIO REIS MACHADO, também envolvido em roubos a instituições financeiras, tráfico de drogas e homicídios, é apontado como uma das lideranças do PCC na região de Timon – MA. Está em prisão domiciliar desde outubro de 2020.

• RICK SHENNON CAMPELO LOPES (“Magrinho”) integra a mesma organização criminosa que os demais citados, com participação em roubo a carro-forte. Tem mandado de prisão pendente de cumprimento, e atualmente encontra-se em local incerto e não sabido.

Possibilidades de ataques – Pelos motivos já expostos e em virtude de alguns membros dessa ORCRIM encontrarem-se atualmente em liberdade, O INFORMANTE foi informado de que a Polícia do Maranhão vislumbra a possibilidade de iminentes ataques e ações criminosas contra instituições financeiras do nosso estado. Por essa razão, acendeu o sinal de alerta máximo, com equipes vigilantes 24 horas por dia.