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O futebol é uma engrenagem que funciona em proporções alucinantes. Não há muito tempo para comemorar vitórias, muito menos lamentar derrotas. O futebol é movido por paixão, mas, também, pelo poderio financeiro.

É o dinheiro, basicamente, que determina as equações dentro das quatro linhas, e fora delas também. O poder do capital fortalece de um lado e enfraquece do outro. É a lei da selva. E é preciso reunir todo o poder de superação para dar a volta por cima e competir de igual pra igual contra os grandes predadores das arenas de fogo.

O Sampaio nunca foi um clube propriamente rico, financeiramente falando. É um sobrevivente, de um dia após o outro. Sua riqueza reside em sua história, numa tradição que transcende o tempo, em vencer os seus limites e transformar dificuldade em glória. Mas essa força não vem exatamente das vitórias. Suas lutas desenvolvem suas forças. Quando se atravessa dificuldades, e decide não se render, isso é força. Assim é o Sampaio.

As perdas deixam uma sensação de vazio. Angústia que desalenta o coração e traz aquele inquietante pessimismo para o centro da mente. Mas não é virando as costas que o horizonte irá clarear. Não é assim na vida, não será assim no futebol.

A Bolívia Querida vai entrar em campo com quem está verdadeiramente determinado a vestir o manto sagrado Tricolor e honrá-lo acima de tudo. Porque o Sampaio tem alma própria, uma grandeza que não cabe no infinito, e não se resume a nenhuma idolatria fugaz. Tudo passa, o Sampaio Corrêa permanece. Será dessa forma hoje, e daqui a um tempo impossível de se precisar, também. Eis o fato!

Às 19h15, o Castelão vai receber um público que quer, simplesmente, ver o Sampaio jogar. Uma torcida que não se importa com quem partiu, ou pensa em partir. Às 19h15, o torcedor boliviano quer ver o Sampaio em campo, como se fosse a primeira vez, desejando que seja pra sempre. (Do site do Sampaio Correa Futebol Clube)