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O abastecimento de combustível começou a normalizar nesta terça (29) em algumas cidades do país no 9º dia da greve de caminhoneiros, mas ainda há pontos de bloqueio e grupos seguem pressionando para que carretas parem nas estradas.

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou que a greve “deixou de ser apenas uma crise de abastecimento” e agora atinge direitos fundamentais.

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse que a continuidade da greve tem um cunho político.

As distribuidoras de combustível dizem que têm 80 liminares para voltar a operar, mas são impedidas pelos grevistas. Os caminhões-tanque precisam de escolta policial para sair das distribuidoras e abastecer postos em estados como Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Maranhão e Paraíba e Distrito Federal.

No Ceará, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) disse que 40 caminhoneiros deixaram o ato no km 18 da BR-116 – alguns pediram para ser escoltados pela polícia.

O mesmo ocorre na BR-040, em um trecho entre Brasília e Luziânia (GO). A PRF do Distrito Federal montou um comboio para escoltar caminhoneiros que querem deixar o ato, mas se dizem “acuados”.

No Espírito Santo, um comboio de 50 caminhões que saiu para buscar insumos para a alimentação de aves e suínos foi interceptado por manifestantes em Brejetuba e não conseguiu seguir. A Associação Brasileira de Proteína Animal, que representa o setor, afirma que 1 bilhão de aves e 20 milhões de suínos estão em risco com a greve em todo o país porque não recebem comida suficiente.

Em Goiás, só carros e ônibus passam pelos 78 pontos de bloqueio nas rodovias do estado. O Sindicato dos Transportadores Autônomos e Cargas diz que os caminhoneiros que ainda estão nas estradas não pertencem à entidade. (Com G1)