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Uma nota assinada por uma associação intitulada “Médicos Livres Associados em Defesa dos Direitos Médicos e da Medicina Maranhense” tem circulado em meios informais de comunicação com um comunicado de paralisação dos atendimentos médicos nas UPAs da capital.

O portal O INFORMANTE procurou informações sobre a entidade e constatou que a alegada associação não possui CNPJ nem representante legal. Na semana passada, inclusive, uma reunião com médicos ortopedistas foi realizada na Secretaria de Estado da Saúde (SES) para tratar de demandas da categoria e nenhum representante da suposta associação se fez presente.

A divulgação da nota revela o cenário dividido entre a categoria, que se prepara para uma nova eleição do Conselho Regional de Medicina (CRM-MA), no mês de agosto. Algumas das chapas já registradas levantam pautas que desconsideram a responsabilidade fiscal do estado. Assim, não se sabe se a nota está considerando as reivindicações da categoria ou se está pautada na eleição do conselho.

Infelizmente, quem está pagando pela política por trás da situação é a própria população, considerando a desinformação sobre a normalidade dos atendimentos nas unidades da rede estadual de saúde. Os serviços que ainda não foram completamente normalizados seguem em conversas com o Estado.

A exemplo dos profissionais da enfermagem e dos médicos ortopedistas, a Secretaria de Estado da Saúde demonstra que está aberta para conversar com todas as categorias e que tem realizado, sempre que acionada, reuniões com os conselhos e representantes da categoria médica.

Um cenário parecido foi visto recentemente, quando professores da rede estadual de ensino deflagraram um movimento grevista no Maranhão, em meio a uma disputa pelo comando do sindicato da classe.

Enquanto o governo conversava com representantes dos professores e procurava solucionar o impasse, adversários do Sinproesemma dificultavam os entendimentos.

Até mesmo quando uma proposta feita pelo governo estava sendo analisada, a oposição ao sindicato, por duas vezes, mobilizou alguns professores para a frente da Assembleia Legislativa do Maranhão, numa mobilização claramente política.

Com o Conselho Regional de Medicina já em clima de novas eleições, não é descartada a possibilidade de que entidades clandestinas estejam em ação para tentar dificultar entendimentos em andamento entre o governo do estado, por meio da Secretaria da Saúde, e representantes legítimos da classe médica.

One thought on “Entidade clandestina tenta disseminar clima de greve na saúde em meio a disputa eleitoral no CRM

  1. O entendimento era eu receber até o dia 15 (isso com 45 dias de atraso) e o Estado só cumpriu quando tava protestando. O Estado contrata não especialistas pra atender, quarteiriza serviços médicos pra burlar gastos e direitos. Se estão abertos a conversar pra não cumprir, é só demagogia. Tentar colocar isso como culpa das eleições só mostra que não entendem nada do que aconteceu!

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