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A Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) realizou, nesta sexta-feira (28), um simulado de assalto a banco em São José de Ribamar, na Região Metropolitana de São Luís, como etapa final do Curso do Plano de Gestão de Crise de Segurança nas Cidades, promovido pelo Governo do Maranhão em parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).


O secretário da Segurança Pública, Maurício Martins, esteve em São José de Ribamar para acompanhar de perto a simulação que marcou o fim do curso, um dos mais concorridos pelas forças de segurança no país, e anunciou que a capacitação se estenderá para o interior do estado.

“Encerramos mais uma importante capacitação dos nossos policiais do Sistema de Segurança Pública, estando preparados para o embate de grandes complexidades, a exemplo de assaltos a bancos e carros fortes, de forma que a segurança pública se fortalece. Vamos replicar esse treinamento para outras unidades do interior do estado de forma a fortalecer as nossas polícias, o nosso Sistema de Segurança Pública, para a proteção do povo do Maranhão. Agradeço a todos a parceria do Ministério da Justiça e de todos que participaram do curso: alunos, instrutores, as instituições envolvidas e Prefeitura de Ribamar”, destacou o secretário.

Participaram do simulado todos os 60 policiais integrantes do curso. Durante a ação, eles puseram em prática o Plano de Defesa de São José de Ribamar, estruturado durante o treinamento para servir de base em crises complexas de segurança, como assaltos a banco e carro forte, por exemplo.

O instrutor do curso enviado pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), major Flávio Valdez, destacou a parceria estabelecida entre Governo do Maranhão e Ministério da Justiça para realização do curso e explicou o objetivo da simulação, que teve como principal palco a agência do Banco do Brasil, localizada no Centro do município. Outros pontos foram alvos dos ataques simulados e tiveram acessos interrompidos com o incêndio de sucatas.

“Esse curso foi um esforço da Secretaria Nacional de Segurança Pública, junto com o Governo do Estado do Maranhão e as demais instituições de segurança, no sentido de gerir melhor os seus recursos e proporcionar mais segurança para a população do estado do Maranhão”, pontuou.

“O objetivo da simulação foi testar o plano de defesa construído pelos alunos durante a parte teórica do curso, no decorrer da semana. Um planejamento que é voltado para o combate à ação dos criminosos priorizando a preservação de vidas. Neste sentido, as forças de segurança priorizaram o deslocamento da área urbana e lida com estratégias de integração social, integração institucional para fazer prisões com menos danos”, acrescentou o major Valdez.

Os participantes se redistribuíram no simulado em grupos de policiais e criminosos. Com a cidade tomada pelos supostos bandidos, os policiais tiveram de agir estrategicamente para contingenciar a crise estabelecida, preservando a vida da população. Grande aparato de segurança foi utilizado para isso: armamento de grosso calibre, viaturas, helicóptero e, sobretudo, a inteligência policial. A Prefeitura de São José de Ribamar, por meio da Guarda Municipal e Secretaria de Trânsito deram apoio às atividades.

Toda a ação, do ponto de vista técnico, foi considerada exitosa. Os policiais conseguiram empregar as forças necessárias para dominar os criminosos e restabelecer a normalidade no município. “Dentro da nossa avaliação, hoje, o plano realizado durante o curso foi efetivo e eficaz”, observou o major Flávio Valdez.

Maranhão pronto para o combate ao domínio de cidades

No Maranhão, o curso foi coordenado pela Polícia Militar, por meio do Batalhão de Operações Especiais (BOPE). O treinamento teve duração total de cinco dias, com intensa jornada de atividades, chegando a 8h por dia, e foi balizado por duas áreas temáticas: modalidade de gestão de conflitos e eventos críticos (que congrega a parte de análise e avaliação de riscos de diferentes cenários) e técnicas e procedimentos de segurança pública (englobando a investigação policial, áreas integradas, local de crime, análise criminal, técnicas para ação tática e, principalmente, planejamento de operações).

De acordo com o subcomandante da PMMA, coronel Nilson Ferreira, a intensidade com que o curso foi realizado foi essencial para as habilidades que a turma adquiriu e vai poder utilizar em eventuais situações de crise.

“Terminamos um treinamento muito importante que consolida o curso que permitiu aos nossos policiais civis, militares, penais, federais e membros do ministério público a planejarem ações contra o crime organizado, em especial aqueles que atacam instituições financeiras, que incomodam na sociedade e que levam um grau de violência muito grande às nossas forças de segurança. A partir de hoje, esses homens e mulheres estão ainda mais capacitados para planejar, executar e dar resposta ainda mais eficazes e mais efetivas ao combate do crime de domínio de cidades”, frisou.

Os alunos do curso saem da experiência agradecidos pela oportunidade, como destacou o policial penal Rondinely Melo. “Quero agradecer a oportunidade dada à Polícia Penal, à Seap do Maranhão. Esse curso é muito importante. Domínio de cidades é um tema novo, mas que a gente consegue visualizar a importância desse curso, que visa não somente ataques financeiras, mas o domínio de cidades também pode ocorrer no resgate de um preso, dentro dos presídios. Esse curso vem agregar conhecido para que possamos multiplicar entre nossos irmãos intramuros”.

O delegado Cristiano Morita, da Delegacia Regional de Barreirinhas, Região dos Lençóis, também foi um dos participantes do curso. “Gostaria de agradecer o Governo do Estado, o Governo Federal, enfim, a todas as instituições de segurança que participaram dessa semana de aula sobre o domínio de cidades, e pela elaboração do plano de emergência de crises de alta complexidade. As informações passadas nos traz melhor estrutura e segurança para trabalhar e desenvolver um processo de medidas, um processo de retomada preservando cada vez mais vidas”.

Entre os participantes estiveram, ainda, policiais do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), do Batalhão de Choque (BPChoque), do Centro Tático Aéreo (CTA), do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA), da Diretoria de Inteligência e Assuntos Estratégicos da Segurança Pública (DIAE), da Superintendência de Investigações Criminais (Seic) e do Departamento de Combate a Roubos a Instituições Financeiras (DCRIF) e Inteligência, além de membros do Ministério Público do Maranhão (MPMA), policiais penais, federais, rodoviários federais, servidores do Banco do Brasil e de empresas que atuam com transporte de valores.

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