O mundo dos influenciadores digitais está prestes a ter uma revolução com a chegada dos influenciadores feitos com inteligência artificial (IA), que agora estão se destacando em novos territórios.
Recentemente, foi anunciado o primeiro concurso de beleza exclusivo para personagens sintéticos, revelando as 10 finalistas entre as 1,5 mil inscritas.
O concurso, que vem gerando grande expectativa e discussões, levanta questões sobre seus critérios de avaliação.
Muitos questionam se há uma base sólida para determinar a beleza e a influência desses personagens digitais, ou se tudo não passa de uma tendência passageira explorada sem compreensão completa das implicações envolvidas.
Um dos aspectos mais controversos do concurso é a composição dos juízes.
Dois dos quatro juízes são também personagens criados com IA, incluindo Aitana Lopez, uma modelo e influencer fitness que, segundo relatos, gera em torno de R$ 166 mil por mês.
Essa dinâmica levanta questionamentos sobre como será conduzida a avaliação das finalistas.
Outro ponto de debate é a homogeneidade das finalistas, que compartilham características físicas muito simétricas e personalidades semelhantes, descritas por alguns como “típicas de quem nunca pagou um boleto”.
Além disso, todas as finalistas são mulheres, levantando críticas sobre um possível enviesamento misógino no processo de seleção, mesmo sem haver requisitos explícitos no regulamento que restrinjam a participação de modelos masculinos ou de outros gêneros.
Os critérios estabelecidos para definir a campeã incluem beleza, influência nas redes sociais e a engenhosidade dos prompts utilizados para gerar as personalidades desses personagens digitais.
Fonte: Adaptado de matéria original do quadro “Arrasta pra cima” de Deu Tilt.