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O Brasil foi um dos países que não assinaram o comunicado final da Cúpula para a Paz na Ucrânia.

O documento pede o envolvimento de todas as partes nas negociações para alcançar a paz e “reafirma a integridade territorial” da Ucrânia.

No último sábado, 15, durante uma coletiva de imprensa na Itália, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva explicou que decidiu não participar do encontro internacional deste domingo porque o Brasil só se envolverá nas discussões sobre paz quando ambos os lados em conflito, Ucrânia e Rússia, estiverem dispostos a negociar.

Lula destacou que o Brasil, em parceria com a China, já propôs uma negociação efetiva para solucionar o conflito.

No entanto, há resistência tanto do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky quanto do presidente russo Vladimir Putin.

Ambos possuem visões diferentes sobre a paz, afirmou Lula.

Ele enfatizou a necessidade de uma negociação direta entre as partes envolvidas e reiterou a disposição do Brasil para mediar essas discussões.

Para representar o Brasil no encontro internacional nesse domingo, foi enviada a embaixadora do Brasil na Suíça, Claudia Fonseca Buzzi.

O presidente ucraniano também esteve presente na cúpula buscando apoio internacional para o seu plano de pôr fim à guerra provocada pela invasão russa.

A cúpula na Suíça contou com a participação de 101 delegações, mas não alcançou unanimidade.

O documento final, que apela à inclusão de “todas as partes” do conflito para alcançar a paz, foi assinado por 84 países, incluindo lideranças da União Europeia, Estados Unidos, Japão, Argentina, Somália e Quênia.

Os signatários do comunicado final reafirmaram os princípios de soberania, independência e integridade territorial de todos os Estados.

Em relação à segurança nuclear, foi estabelecido que o uso de energia e instalações nucleares deve ser seguro e ambientalmente correto.

As instalações nucleares ucranianas, como a de Zaporizhia, devem operar em segurança, sob controle ucraniano.

O documento condena qualquer ameaça ou uso de armas nucleares no contexto da guerra na Ucrânia.

Segundo a agência de notícias Efe, além dos membros do BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – que não assinaram o documento, outros países como Armênia, Bahrein, Indonésia, Líbia, Arábia Saudita, Tailândia, Emirados Árabes Unidos e México também se abstiveram de assinar a declaração final.

Rússia e China sequer enviaram representantes para a cúpula.

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