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O nível de endividamento em São Luís atingiu em maio o patamar mais alto desde outubro de 2022, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Maranhão (Fecomércio-MA).

Cerca de 74,4% das famílias ludovicenses estão endividadas, o que corresponde a 227.379 famílias.

Desde agosto de 2023, há uma tendência de crescimento do uso do crédito na capital maranhense, quando o índice de endividamento era de 71,8%.

As recentes decisões do Banco Central em reduzir a taxa básica de juros (Selic) têm impulsionado o consumo via financiamento, refletindo diretamente nos juros cobrados pelas instituições financeiras.

O nível de endividamento das famílias de São Luís aumentou 0,4% de abril para maio e 2,2% em relação ao mesmo período do ano passado.

O presidente da Fecomércio-MA, Maurício Feijó, destaca o crescimento do uso do crédito como estimulante para a economia.

“Observamos um crescimento do uso do crédito, o que estimula a economia e aumenta a quantidade de transações comerciais. Aliado a isso, vivemos um momento mais favorável com menor custo dos juros, o que tem contribuído para uma maior demanda das famílias por crédito”, analisa o presidente da Fecomércio-MA, Maurício Feijó.

Apesar do aumento do endividamento, a inadimplência se mantém estável. Em maio, 32,5% das famílias endividadas relataram estar com dívidas em atraso, o que representa uma queda de 6,1% em relação a maio de 2023. Apenas 6,3% das famílias não possuem condições de quitar seus débitos, o menor percentual desde julho de 2020.

Programas como o Desenrola Brasil têm facilitado a renegociação de dívidas, o que pode contribuir para a redução da inadimplência nos próximos meses.

A pesquisa mostra que o endividamento é mais acentuado entre famílias de maior renda, atingindo 75% das que ganham acima de 10 salários-mínimos e 74,4% das que ganham menos.

Entre os mais ricos, o endividamento é mais direcionado para financiamento de veículos e imóveis, enquanto entre os mais pobres, para cartão de crédito e carnês de loja.

O comprometimento médio da renda das famílias com dívidas foi de 30,5%, valor igual ao do ano anterior.

A maioria das famílias de baixa renda apresentou entre 11% e 50% da renda comprometida com dívidas mensais.

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