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Nesta última sexta-feira, 5, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) incluiu 248 patrões no Cadastro de Empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão.

No documento, conhecido como Lista Suja, atualizado a cada seis meses, constam nomes de 29 fazendeiros e empresários em 22 municípios maranhenses. Um deles é Paulo celso Fonseca Marinho, pai de Paulinho Jr, suplente de deputado federal que até ontem ocupava uma cadeira na Câmara Federal.

O número representa o maior acréscimo registrado desde a criação da lista.

Trabalhadores resgatados em Mirador em 2022. Foto: MTE

As atividades econômicas com maior número de empregadores incluídos na atualização corrente são: trabalho doméstico (43), cultivo de café (27), criação de bovinos (22), produção de carvão (16) e construção civil (12).

Os empregadores incluídos na Lista Suja foram identificados a partir das ações de fiscalização de auditores do trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que atestaram as condições de trabalho análogo à escravidão. Em geral, essas ações contam com a participação de representantes da Defensoria Pública da União, Ministério Público Federal, Ministério Público do Trabalho, da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e outras forças de segurança.

Confira a seguir a lista dos 22 municípios maranhenses com empregadores enquadrados por trabalho escravo.

Açailândia
Aldeias Altas
Amarante do Maranhão
Arame
Balsas
Barra do Corda
Bom Jesus das Selvas
Caxias
Cidelândia
Codó
Imperatriz
Itinga
Mirador
Montes Altos
Riachão
Ribamar Fiquene
São Félix de Balsas
São João do Paraíso
São João do Sóter
São Luís
Sítio Novo
Sucupira do Norte

COMO DENUNCIAR – Denúncias sobre trabalho análogo à escravidão no território brasileiro podem ser feitas anonimamente pelo Sistema Ipê Trabalho Escravo, criado em 2020 pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e pelo MTE.

One thought on “MTE inclui 29 patrões maranhenses na lista suja do trabalho escravo

  1. Causa estranheza e repúdio a omissão e passividade do Ministério dos Direitos Humanos na atuação para desmantelar esse tipo de crime.
    Aliás, esse ministério é de uma total incompetência sendo plenamente desnecessária a sua permanência como órgão do primeiro escalão do atual governo.

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