-->

Oitenta e nove por cento dos brasileiros não aprovam as invasões aos prédios dos Três Poderes ocorridas em 8 de janeiro do ano passado na capital federal.

Estes atos, que resultaram em danos ao patrimônio público e prejuízos financeiros, foram aprovados por apenas 6% dos entrevistados. Uma parcela de 4% não forneceu resposta ou se absteve.

Os dados, divulgados recentemente neste domingo, 7, são provenientes de uma pesquisa conduzida pela empresa Quaest, realizada entre os dias 14 e 18 de dezembro de 2023.

Esta pesquisa envolveu 2.012 entrevistas presenciais com questionários estruturados, abrangendo brasileiros com 16 anos ou mais em 120 municípios.

A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, e o nível de confiança é de 95%.

O estudo foi financiado pela plataforma Genial Investimentos, atuante no mercado financeiro.

Os resultados indicam uma rejeição generalizada em todas as grandes regiões do país, independentemente da escolaridade, renda familiar ou afiliação política, seja entre eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A reprovação é significativa: 94% dos que votaram em Lula e 85% dos que votaram em Bolsonaro no segundo turno das eleições de 2022.

A rejeição foi marcante em diferentes estratos sociais: 87% no Sul (menor percentual) e 91% no Nordeste (maior percentual); 88% entre entrevistados com até o ensino fundamental, 90% entre os que possuem ensino médio (incompleto ou completo) e 91% entre aqueles com ensino superior (incompleto ou completo).

Da mesma forma, a desaprovação se estende a 89% daqueles com renda familiar até cinco salários mínimos e a 91% dos que vivem com renda superior a cinco salários mínimos.

Quanto à influência de Bolsonaro nos eventos de 8 de janeiro, a pesquisa mostrou que 47% dos entrevistados acreditam que ele teve algum tipo de influência, enquanto 43% discordam dessa ideia. Dez por cento não souberam ou preferiram não responder.

Os resultados refletem uma estabilidade nos números em comparação com uma pesquisa semelhante realizada pela Quaest em fevereiro do ano anterior.

Felipe Nunes, diretor da empresa, destacou que a rejeição aos eventos de 8 de janeiro demonstra a resistência da democracia no Brasil e ressaltou a importância de separar o debate da politização partidária, enfatizando a necessidade de defender as regras, a Constituição e a própria democracia do país.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *