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Dos 15 jogadores que se tornaram réus nas duas fases da operação Penalidade Máxima, do Ministério Público de Goiás (MP-GO), cinco continuam atuando em seus clubes. Apesar da acusação de participação em um esquema de manipulação de jogos de futebol para gerar lucros em apostas esportivas, o atacante Ygor Catatau, o lateral-direito Mateusinho, o meia Gabriel Tota, o zagueiro Victor Ramos e o lateral-esquerdo Igor Cariús permanecem em ação nos gramados.

Conhecido no futebol carioca por ter jogado no Vasco, Ygor Catatau, de 27 anos, estava no Sampaio Corrêa quando teria cometido as irregularidades de que é acusado no processo, na última rodada da Série B do ano passado. Desde janeiro, porém, ele defende o Sepahan, clube iraniano. Lá, continua disputando a primeira divisão nacional, em que o time é o vice-líder: foi titular na última partida, sexta-feira, contra o Naft Masjed. E deve entrar em campo novamente nesta sexta-feira, contra o Paykan.

Mateusinho, de 24 anos, era colega de Catatau no Sampaio Corrêa, na época dos episódios denunciados — os dois são os únicos réus da primeira etapa da operação que estão em atividade. Em janeiro, o lateral foi anunciado como reforço do Cuiabá, onde continua jogando: disputa a Série A do Brasileiro. Mas, na partida desta quarta-feira contra o Atlético-MG, o até então titular começou no banco de reservas.

Atleta confirmado esta semana como réu da segunda parte da Penalidade Máxima, Gabriel Tota era jogador do Juventude no ano passado, quando ocorreram as partidas da Série B suspeitas, nas quais ele teria atuado para ajudar o esquema de manipulação. Mas está hoje emprestado ao Ypiranga, onde chegou há menos de um mês para a disputa da Série C. Não foi afastado e pode entrar em campo nesta quinta-feira, contra o Paysandu — mas o clube cogita devolvê-lo ao Juventude.

Nome badalado entre os acusados da segunda leva por ter sido namorado de Nicole Bahls, Victor Ramos, de 34 anos, defendia a Portuguesa, de São Paulo, time pelo qual disputou o Campeonato Paulista deste ano, quando teriam ocorrido as partidas suspeitas de manipulação. Hoje é o capitão da equipe da Chapecoense, onde chegou no início de março para a disputa da Série B. A diretoria afirmou em nota, nesta quarta-feira, que vai esperar o julgamento para tomar qualquer atitude. “O clube aguarda, efetivamente, o julgamento do órgão competente. A partir de então, a agremiação tomará as medidas necessárias – sempre prezando pela defesa dos princípios éticos”, diz trecho do comunicado. O jogador também se pronunciou, por meio de seus advogados e se declarou inocente. Ele deve estar em campo nesta sexta-feira, na partida contra o Avaí.

Igor Cariús também se manifestou por intermédio de seus advogados, que reafirmaram confiança na inocência do cliente, classificaram a denúncia como superficial e solicitaram seu arquivamento. Os jogos suspeitos que teriam tido participação do lateral de 30 anos são do período em que ele estava no Cuiabá, no ano passado. Atualmente atleta do Sport, ele permanece sendo escalado para a disputa da Série B: foi titular na partida desta quarta-feira contra o Tombense. O clube de Recife se pronunciou mês passado, quando o atleta foi alvo de busca e apreensão pela operação mo MP-GO: “O clube aproveita para destacar total confiança e apoio à postura e à integridade do profissional, que tem conduta exemplar no dia a dia”.

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