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“O Brasil não tem nenhum plano de iniciar conversas com a Argentina para a adoção de uma moeda única latino-americana, nos moldes do euro”, conforme vem sugerindo o ministro da Economia do país vizinho, Sergio Massa.

O que os dois países vêm discutindo – e que será tema do encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Alberto Fernández amanhã, em Buenos Aires – é a criação de uma moeda virtual para ser usada bilateralmente em transações financeiras e comerciais. O projeto poderia ser ampliado para outros países da região, a começar dentro do Mercosul.

Em entrevista ao “Financial Times” publicada neste domingo, Massa disse que os dois países decidiram “começar a estudar os parâmetros necessários para uma moeda comum, que inclui tudo, de questões fiscais ao tamanho da economia e o papel dos bancos centrais”.

Ante essa declaração, e do fato de que outros países serão convidados, o FT afirmou que o movimento “pode criar eventualmente o segundo maior bloco monetário do mundo”, atrás da zona do euro. Entretanto, a ideia de ter uma moeda conjunta, com circulação corrente entre os vizinhos, não é levada a sério pelas autoridades brasileiras.

Fontes do governo brasileiro acreditam que as recentes declarações de Massa sejam voltadas ao público interno, diante da fraqueza da moeda argentina em um cenário de alta inflação em ano eleitoral.

A inflação no país vizinho fechou em 94,8%. A escassez de dólares vem provocando uma forte desvalorização do peso. Ano passado, a moeda argentina teve uma desvalorização de cerca de 40% frente ao real, tornando o país um destino turístico ainda mais atrativo para os brasileiros. (VALOR ECONÔMICO)

Escolha de diretor vai testar governo e autonomia do BC

“A indicação do próximo diretor de política monetária do Banco Central tem provocado debates dentro do governo. É a primeira escolha desde que foi aprovada a autonomia do BC, em 2021, e ocorre em meio a críticas de Lula à atuação da autoridade monetária”.

Brazil Journal- Americanas: o trio fala

Na primeira manifestação pública desde que a Americanas anunciou sua bomba contábil, os acionistas de referência da companhia publicaram um comunicado afirmando que jamais tiveram conhecimento e nunca admitiriam “quaisquer manobras ou dissimulações contábeis na companhia”.

MERCADO

Os mercados com sinais mistos às 6h45 em Brasília: S&P500 -0.06%, Dow Jones +0.04%, Nasdaq -0.01% e a Europa (STOXX600) +0.19%
JUROS EUA: Os investidores estão avaliando a possibilidade de que o Fed esteja se preparando para desacelerar o ritmo de seus aumentos de juros para combater a inflação, depois que dados econômicos da semana passada mostraram um declínio nos preços no atacado e nas vendas no varejo.

REABERTURA DA CHINA & BRASIL: O Morgan Stanley juntou-se a outros grandes bancos de investimento ao prever que a China provavelmente aliviará as restrições da Covid e reabrirá, proporcionando um possível impulso à recuperação da economia. Para o Brasil, que é grande exportador de commodities, isso tem um impacto direto.*

80% já tiveram Covid: Wu Zunyou, epidemiologista-chefe do Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China, disse no sábado – véspera do Ano Novo Lunar – que a atual “onda de epidemia já infectou cerca de 80% das pessoas” no país de 1,4 bilhão de habitantes.

(Valor Econômico)