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Pré-candidato a governador do Maranhão, o senador Weverton Rocha disse, em entrevista exclusiva ao Jornal Pequeno, que acredita que o grupo liderado pelo governador Flávio Dino pode ter um entendimento, “pelo bem do nosso estado e das conquistas já feitas e que ainda precisam ser feitas”, Weverton afirmou que é pré-candidato a governador, porque essa é uma realidade que foi se criando e se impondo ao longo dos diversos contatos com a população e lideranças políticas. O senador falou, ainda, sobre a carta compromisso assinada por Dino e os 13 partidos que compõem o grupo situacionista.

Eis a entrevista:

JP – Como tem sido a receptividade aos encontros “O Maranhão Mais Feliz”, que vêm sendo realizados nos municípios?
WR – Foi muito boa. Tivemos muitos momentos emocionantes, com declaração de apoio à nossa pré-candidatura que se basearam não em conveniência política, mas em crença de que é possível melhorar o nosso estado e as condições de vida da nossa gente. Vi tantas pessoas motivadas, que me senti ainda mais encorajado para continuar nessa luta.
Os encontros também foram um momento proporcionado pelo meu partido, o PDT, para a apresentação da plataforma que está no meu site e chamamos de Maranhão Mais Feliz, que recebe proposta para um plano de governo para os próximos anos. E o resultado tem sido fantástico. Recebemos sugestões muito interessantes, como a de reduzir ou isentar o ICMS dos produtos da cesta básica em momentos de crise como agora.

JP – O que o motiva a lutar por uma pré-candidatura ao governo do Estado?
WR – Pra começar, minha pré-candidatura não é um projeto meu, como indivíduo. Não acredito em candidaturas que surgem de projetos pessoais. Meu nome representa um grupo de pessoas, muitos de nós jovens políticos, que acreditam que o governador Flávio Dino implementou políticas públicas importantes que precisam ser mantidas, e que chegou a hora de dar novos passos para estimular um desenvolvimento econômico sustentável e inclusivo, gerando riquezas e trabalho para a nossa gente. Temos um projeto para o Maranhão e queremos ver o nosso estado crescendo, gerando vagas de emprego, e queremos ver nossa gente capacitada para essas vagas, sem precisar de indicação para conseguir um trabalho.
Quando fui eleito senador continuei viajando muito pelo estado, e ver o potencial dos maranhenses me estimula e estimula nosso grupo a sonhar com dias melhores e a tentar ser um agente dessas mudanças.

JP – O senhor acredita que o grupo de Flávio Dino conseguirá reeditar as vitórias de 2014 e 2018 para o governo do Maranhão? Ao menos com o conforto das anteriores?
WR – A eleição de 2022 será diferente das anteriores em muitas coisas; tanto em nível nacional, como local. Em 2014 e 2018 fizemos uma virada histórica que era importante para o Maranhão, mas os problemas mudaram e a política econômica dos últimos quatro anos, agravada pela crise da Covid-19, trouxe de volta fantasmas antigos, como a fome e a inflação. Então, acredito que a pauta não será mais a mudança no estado e sim a capacidade de dar resposta a esses problemas. Como acredito que temos condições de dialogar com a sociedade e apresentar boas soluções, também acredito que conseguiremos vencer as eleições.

JP – Em relação ao candidato de Flávio Dino, o jogo sucessório dentro do grupo está aberto ou podemos dizer que prevalecerá o que o governador vem sugerindo já há algum tempo em suas falas sobre o candidato da sua preferência, no caso o vice-governador Carlos Brandão?
WR – Estabelecemos conjuntamente os critérios que definiriam o candidato a governador do nosso grupo, e vamos seguir buscando o entendimento desses critérios. O governador Flávio Dino falou recentemente em uma entrevista a um programa de tv que está disposto a seguir a definição da maioria e acredito na vocação democrática do governador.

JP – Quanto à escolha do governador, há risco de um racha no grupo? O senhor vai aceitar a indicação de Flávio Dino ou pode partir para uma candidatura independente do grupo?
WR – Sou pré-candidato a governador, porque essa é uma realidade que foi se criando e se impondo ao longo dos diversos contatos com a população e lideranças políticas. Vi muito anseio de que novos caminhos sejam traçados para melhorar ainda mais a vida das pessoas e recebi o carinho e a confiança de muita gente. Fiz o compromisso de lutar ao lado de todos por dias melhores e minha pré-candidatura é o melhor caminho para isso.
No dia 31 de janeiro vamos voltar a nos reunir e acredito que poderemos ter um entendimento pelo bem do nosso estado e das conquistas já feitas e que ainda precisam ser feitas.

JP – Que influência podem ter na sucessão para o governo do Maranhão, em 2022, figuras como Flávio Dino, Sarney, Lula e Bolsonaro?
WR – São lideranças incontestáveis, que têm influência real no processo eleitoral. Por história de vida, identidade política e crenças sobre políticas públicas, estou alinhado desde sempre com a influência de Lula e Flávio Dino. Sempre estivemos no mesmo campo e estaremos defendendo as mesmas bandeiras em 2022.

JP – Ao seu modo de ver, a sucessão presidencial vai ter reflexos no jogo sucessório do Maranhão?
WR – De alguma forma sempre tem. Mas para além das discussões nacionais, há muitos problemas locais que precisam de soluções, e acredito que a população espera que esse seja o foco do debate na eleição estadual. Costumo dizer que quero ver o Brasil melhor, mas meu partido é o Maranhão. Portanto, em 2022 vou trabalhar para que ocorram mudanças no país, mas vou focar principalmente nas questões do estado.