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Com a nomeação do senador Ciro Nogueira (PP-PI) para a Casa Civil, o presidente Jsir Bolsonaro dá ao Centrão um poder inédito nesta e em outras gestões do Palácio do Planalto. A pasta, mais importante do Executivo, concentra todas as nomeações da máquina pública. “É a alma do governo”, afirmou Bolsonaro, nessa terça, 27, ao rebater declaração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o governo estar refém do Centrão.

Ao optar por Nogueira, Bolsonaro olha para o presente e o futuro próximo. O novo ministro terá a missão de melhorar a relação com o Congresso e, sobretudo, mitigar danos provocados pela CPI da Covid. Além disso, reaquece as negociações entre o presidente e o PP, partido de Nogueira — Bolsonaro, porém, ainda não desistiu de ter o comando de uma legenda que o garanta na disputa em 2022.

A sigla também flerta com os ministros Fábio Faria (Comunicações) e Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos), o que faria aumentar ainda mais seu espaço no governo.

Efeito colateral – Luis Carlos Heinze (PP-RS) substituirá Nogueira como membro titular da CPI da Covid, enquanto Flávio Bolsonaro se tornará suplente. (Essencial – Globo)