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O Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA), lançou, nessa quinta-feira, 11, a segunda edição do projeto Centelha, Programa Nacional de Apoio à Geração de Empreendimentos Inovadores.

Lançamento do Centelha 2, no Edifício João Goulart (Foto: Júnior Foicinha)

A chefe executiva do MaraNuts, a engenheira de alimentos Daniela Ferreira, foi uma das 36 proponentes selecionadas para o Centelha 2, como também vem sendo chamada a nova fase do programa.

Daniela Ferreira, engenheira de Alimentos e idealizadora do MaraNuts (Foto: Júnior Foicinha)

“Esse projeto surgiu no ano passado com a idealização para um substituto do chocolate. Não foi realizado ainda, mas já começamos com os testes prévios. Esse financiamento do programa Centelha será fundamental para tirar a ideia do papel”, disse Daniela Ferreira.

O grande diferencial do MaraNuts será a confecção e comercialização do Bombom do Maranhão, chocolate preparado a base de Castanha do Maranhão – planta amazônica com sabor similar a do cacau – com método de fabricação bean to bar, modelo de produção sem terceirizações no processo de feitoria, com foco na qualidade nutricional e na sustentabilidade.

Ciência, emprego e renda – Incentivar produtos e negócios inovadores como o MaraNuts e o Bombom do Maranhão é o escopo do Centelha. A ação é coordenada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e executada pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNpQ), Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e o Centro de Referência em Tecnologias Inovadoras (Fundação Certi).

O objetivo da iniciativa é promover a inovação e estimular a competitividade de empresas maranhenses, em setores econômicos estratégicos do estado, como explicou o presidente da FAPEMA, Nordman Wall, que participou do lançamento representando o governador Carlos Brandão.

“Com o Centelha a gente faz com que as empresas possam crescer e depois andar com suas próprias pernas. O objetivo principal é fazer uma empresa que tenha lucro e gere desenvolvimento econômico para o Maranhão. Com isso, conseguimos atingir dois objetivos: fazer ciência e incluir as pessoas na nossa economia”, ressaltou  Nordman Wall.

O Centelha garante capacitação e suporte aos empreendedores participantes, por meio de acesso a incubadoras e potenciais investidores, ampliação de networking e divulgação das empresas envolvidas.

Com o programa, novas ideias ganham força e materialidade. O foco do programa é inserir as novidades no mercado, estimulando a geração de novos empregos e a circulação econômica no estado.

“É um programa voltado para incentivar o empreendedorismo e a geração de renda. Queremos que o Maranhão seja destaque nesses avanços tecnológicos”, afirmou a secretária de Estado da Ciência e Tecnologia (Secti), Natássia Weba.

Ensino da Física com IA e Realidade Aumentada – Outra novidade do Maranhão que também ainda está em fase de prototipação e foi selecionada no Centelha 2, foi o projeto Craftech (artesanato, na tradução do inglês), startup voltada para dinamizar a educação da disciplina Física entre os alunos.

O projeto é tocado por dois professores de Física que atuam no estado. Um dos sócio da empresa educacional é o professor Jherferson Castro. Ele conta que a Craftech foi pensada para proporcionar um ensino mais atrativo para os alunos, com a inserção de elementos didáticos diferenciados, como visualização em Realidade Aumentada e uso de IA (Inteligência Artificial). Com o recurso disponibilizado pelo Centelha 2, a Craftech vai iniciar nova etapa no seu processo de inserção da startup no mercado.

De acordo com o diretor de desenvolvimento científico e tecnológico da Finep, Carlos Alberto Aragão, que também participou do lançamento do Centelha 2 no Maranhão, as empresas selecionadas receberão cerca de R$ 50 mil de aporte para iniciar a fase de estruturação dos negócios.

“É um programa de subvenção econômica; ou seja, é o estado brasileiro apostando nas empresas e colocando investimento direto nelas. A nossa esperança é que essas empresas evoluam, progridam, aumentem seu faturamento, gerem mais empregos e, em última análise, gerem bem-estar para a população”, pontuou Carlos Alberto Aragão.

Cada startup e projeto selecionado no Centelha 2 será acompanhado inicialmente por pesquisadores da FAPEMA e da Secti, período que funcionará como espécie de incubação para validação do negócio, estruturação do mercado e desenvolvimento dos produtos.

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