Maranhão perde um dos seus maiores artistas plásticos com a morte de Péricles Rocha

O Maranhão perdeu um dos seus maiores artistas plásticos. Faleceu,  na madrugada desta quinta-feira, 8, aos 76 anos, Péricles Rocha, natural da cidade de Codó e que há mais de três décadas morava em Alcântara.

“Com mais profundo pesar, recebo a noticia do falecimento do artista plástico maranhense Péricles Rocha, na manhã de hoje”, anunciou o secretário da Cultura, Yuri Arruda. Péricles ia fazer 50 anos de carreira.

O artista plástico pintava desse os oito anos, no município de Benedito Leite, onde, à beira do rio Parnaíba, já dava os primeiros passos no que seria uma grande carreira de pintor, desenhista, escultor e ilustrador, vindo posteriormente, entre 1967 e 19771, a fazer o curso de escultura na Escola Nacional de Belas Artes, no Rio.

A primeira mostra individual de Péricles foi realizada em 71, na Galeria Sérgio Milliet, no Rio de Janeiro. Depois, entre 1978 e 1980, ilustrou os livros “Marimbondos de Fogo” e “Norte das Águas”, de José Sarney; e “Poeta do Absurdo”, de Orlando Tejo. Em 1982, estudou no Instituto Lorenzo de Médici, em Florença, Itália. Foi ganhador de diversos prêmios, como o do Encontro de Artistas do DF (1976), um da Bienal de São Paulo (1976, representando Brasília), Prêmio Aquisição – Concurso Nacional de Artes Plásticas Caixego – Goiânia (GO), em 1976, e o Prêmio Aquisição no Primeiro Salão de Gravura e Desenho do Centro-Oeste (1978). Orgulha-se de ter ajudado a instalar, juntamente com outros artistas, o Centro de Artes Japiaçu, em São Luís (MA).

Péricles Rocha comemorou seus 40 anos de arte com a exposição Do Popular ao Erudito, no foyerdo plenário, da Câmara Legislativa do Distrito Federal. Composta por 26 telas, a exposição foi resultado de dois anos de trabalho, representando um “presente” para a Capital Federal que o acolheu durante alguns anos de sua vida.