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O presidente Lula pisa hoje em solo maranhense para anúncios de obras e serviços nos setores portuário, elétrico, esportivo e de mobilidade.

Carlos Brandão e Lula

O Maranhão, porém, é maior do que a breve agenda presidencial, de inequívoca importância ao estado.

Duas das cinco bacias que compõem a Margem Equatorial do Brasil estão aqui.

A região, que se estende do Oiapoque, no Amapá, ao litoral norte do Rio Grande do Norte, é uma das últimas fronteiras de petróleo e gás do país ainda não exploradas, considerada o “novo pré-sal” nacional, com potencial extraordinário de riquezas minerais.

Para se ter ideia, somente o Plano Estratégico da Petrobras (2024 a 2028) prevê um investimento de 3,1 bilhões de dólares na região, nos próximos cinco anos.

Nesta sexta-feira, 21, o presidente da Companhia Maranhense de Gás (Gasmar), Allan Kardec Duailibe, terá uma audiência na sede da Petrobras, no Rio de Janeiro, para pleitear a inclusão da Bacia de Barreirinhas entre as prioridades de exploração da estatal.

Duailibe representou o governador Carlos Brandão, na última quarta-feira, 19, na posse da nova presidente da companhia, Magda Chambriard, com quem mantém laços de proximidade por terem ocupado, à mesma época, diretorias da ANP, durante os governistas Lula e Dilma.

Estudos e avaliações em torno do potencial de petróleo e de gás na Bacia do Pará Maranhão apontam a possibilidade de existirem reservas estimadas em 20 a 30 bilhões de barris de petróleo.

Adicionalmente, a Agência Nacional do Petróleo já demonstrou que há hidrocarbonetos na Bacia de Barreirinhas, em dois poços perfurados, hoje de posse da petroleira brasileira, mas que não tiveram autorização para uma segunda perfuração.

Há grandes chances, segundo expectativas da indústria de petróleo, de ser vitoriosa.

Se o estado possui duas bacias, com uma delas já apontada como a mais próspera de todas, a Bacia de Barreirinhas, já com evidências de gás e petróleo, não há nenhuma razão para que a Petrobras não estabeleça como prioridade uma operação com maior chance de êxito.

A causa em prol da exploração das bacias maranhenses já mobilizou, com apoio do governador Carlos Brandão, uma Frente Parlamentar, o ex-presidente José Sarney e o ex-governador e secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado José Reinaldo Tavares.

Que o presidente Lula também saia daqui convicto de que o Maranhão não pode ficar à margem da exploração da Margem Equatorial.

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