-->

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) revelou que 66% dos tribunais no Brasil já utilizam ou estão em processo de implementação da Inteligência Artificial (IA). Esse número corresponde a 62 tribunais que adotaram a tecnologia para diversas finalidades, principalmente para auxiliar em tarefas de rotina.

Os projetos de IA são amplamente utilizados para agrupar processos, classificar documentos, identificar práticas de advocacia predatória, notificar movimentações processuais e indexar documentos digitalizados. O CNJ mapeou 140 projetos de IA, entre desenvolvidos e em desenvolvimento, demonstrando uma tendência crescente de adoção tecnológica no Judiciário.

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul se destaca com 12 projetos de IA em andamento, liderando o ranking nacional.

Desde 2020, o CNJ monitora o uso da IA no Poder Judiciário, coletando dados por meio de questionários e entrevistas. Os benefícios mais citados pelos tribunais que utilizam a tecnologia incluem:

– Aumento da eficiência e agilidade no processamento de documentos (52,8%);
– Otimização de recursos (48,6%);
– Automatização de tarefas repetitivas (45%);
– Redução do tempo de tramitação dos processos (37,1%).

Entre os tribunais que ainda não adotaram a IA, os principais obstáculos mencionados são a falta de recursos e questões estratégicas ou de prioridade.

Em palestra na Universidade de Oxford, no Reino Unido, o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do CNJ, destacou o potencial da IA para apoiar tarefas do Poder Judiciário, incluindo a tomada de decisões, indicando um futuro promissor para a integração dessa tecnologia no sistema judicial brasileiro.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *