O ministro Flávio Dino não pretende participar dos interrogatórios dos réus no processo que investiga a suspeita de golpe de Estado ligado ao entorno do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo sua assessoria, Dino já definiu que não estará presente em nenhuma das oitivas e, assim como outros colegas do Supremo Tribunal Federal, tem enviado assessores e juízes auxiliares para acompanhar os depoimentos presencialmente.
Na última semana, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid foi o primeiro réu do chamado “núcleo crucial” da trama a prestar depoimento no STF. Apenas dois ministros da Primeira Turma acompanharam pessoalmente: Alexandre de Moraes, relator do caso, e Luiz Fux. Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Dino optaram por não comparecer. No caso de Fux, ele afirmou a interlocutores que considera importante ouvir os réus para formar sua convicção.
Oficialmente, o Supremo informou que a ausência dos ministros ocorreu por motivos de agenda. A corte não detalhou se eles devem comparecer a futuros interrogatórios, como o de Bolsonaro. No caso de Dino, no entanto, a decisão já está tomada: ele acompanhará os depoimentos apenas por meio de sua equipe.