O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, determinou a inclusão da denúncia contra os deputados Josimar Maranhãozinho (PL-MA), Pastor Gil (PL-MA) e Bosco Costa (PL-SE) na pauta de julgamento.

A denúncia, apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), será deliberada pelo STF após a decisão de Zanin.
A acusação, relacionada a um esquema de corrupção envolvendo emendas parlamentares, foi a primeira oferecida pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, desde sua nomeação.
A investigação da PGR aponta que, entre janeiro e agosto de 2020, os três deputados, com o apoio de outras pessoas, teriam solicitado ao prefeito de São José do Ribamar (MA), Eudes Sampaio Nunes, o pagamento de propina para a liberação de recursos federais.
Em depoimento à Polícia Federal, o prefeito revelou ter sido surpreendido pelo pedido, mas investigações encontraram anotações em sua residência relacionadas a emendas e valores a serem restituídos, conforme informações da PGR.
A quantia solicitada pelos parlamentares, segundo a acusação, foi de R$ 1,6 milhão em troca da liberação de R$ 6,6 milhões em emendas.
O caso ganhou repercussão também no campo político, com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) defendendo a expulsão dos três deputados do Partido Liberal.
A investigação da Polícia Federal também revelou mensagens trocadas entre os parlamentares e outros envolvidos, discutindo os repasses das emendas para a cidade.
Josimar Maranhãozinho, além de ser autor de uma das emendas, coordenou a destinação dos recursos das demais, em diálogos registrados por meio do aplicativo WhatsApp, conforme descrito pela PGR na denúncia.






