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O presidente do Chile, Gabriel Boric, está sendo investigado pelo Ministério Público após uma denúncia de suposto assédio sexual.

O caso, protocolado em setembro deste ano, veio à tona nesta semana com a confirmação da Promotoria.

De acordo com o relato da suposta vítima, o episódio teria ocorrido há cerca de 11 anos, quando Boric, hoje com 38 anos, tinha 27 e havia recém-concluído a faculdade de Direito. Na época, Boric já era um dos principais líderes estudantis do país.

O chefe do Ministério Público da região de Magallanes, Cristián Crisosto, confirmou que “existe um processo criminal relacionado aos fatos indicados”.

Ele também destacou que uma equipe especial está conduzindo as investigações, mas detalhes do caso permanecem em sigilo.

VERSÃO DA DEFESA

A defesa do presidente afirma que a denúncia não possui fundamentos e alega que a autora do caso, no passado, teria enviado 25 e-mails “não solicitados e não consentidos” a Boric, incluindo mensagens com conteúdo explícito.

Dez anos depois, a mulher apresentou a denúncia contra o presidente, segundo nota do advogado.

Boric, que não tem direito à reeleição e deverá concluir seu mandato em 2026, possui foro especial.

Para que a denúncia avance judicialmente, é necessário que a Justiça aprove a retirada de sua imunidade presidencial.

HISTÓRICO DE ACUSAÇÕES

Esta é a segunda vez que Boric enfrenta uma acusação de assédio sexual. Durante a campanha eleitoral de 2021, ele foi alvo de outra denúncia semelhante, mas o caso não foi investigado criminalmente e foi negado por Boric na ocasião.

A nova denúncia contra Gabriel Boric surge em um momento delicado para o governo chileno, que enfrenta outra grave crise. Manuel Monsalve, ex-secretário de Segurança Pública e aliado próximo de Boric, está preso preventivamente após ser acusado de abuso sexual e estupro.

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