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A Polícia Federal (PF) prendeu nesta terça-feira (18) um assessor de um procurador de Justiça do Tocantins, suspeito de envolvimento no vazamento e na venda de decisões do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A ação faz parte de uma nova fase da operação que apura um esquema de comércio ilegal de sentenças.

A operação, determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), incluiu o cumprimento de um mandado de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão no Tocantins. Além disso, foram aplicadas medidas como afastamento de funções públicas, proibição de contato entre os investigados, restrição de saída do país e recolhimento de passaportes.

O procurador de Justiça para quem o assessor trabalhava também está sendo investigado. Segundo as apurações, a operação revelou uma rede clandestina que monitorava e comercializava informações sigilosas sobre investigações sensíveis conduzidas pelo STJ. O objetivo era frustrar ações policiais e beneficiar partes interessadas por meio de decisões favoráveis.

Em novembro do ano passado, a PF já havia cumprido mandados de busca e apreensão em endereços de funcionários de três gabinetes de ministros do STJ. Na ocasião, um lobista foi preso.

Os investigados são suspeitos de crimes como obstrução de justiça, violação de sigilo funcional e corrupção ativa e passiva. As investigações continuam para identificar outros possíveis envolvidos no esquema.

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