A atriz, diretora e produtora norte-americana Diane Keaton morreu neste sábado (11), aos 79 anos, informou a revista People, citando um porta-voz da família. A causa da morte não foi divulgada.
Segundo a publicação, o representante pediu privacidade para os familiares neste momento de luto. Diane Keaton deixa dois filhos adotivos, Dexter e Duke. A artista, conhecida por sua discrição em relação à vida pessoal, nunca se casou.
Nascida em Los Angeles, Keaton iniciou a carreira nos palcos antes de estrear no cinema com uma pequena participação no filme As Mil Faces do Amor (1970).
Seu talento logo chamou atenção e, apenas dois anos depois, ela conquistou reconhecimento mundial ao interpretar Kay Adams-Corleone, a esposa de Michael Corleone, em O Poderoso Chefão (1972), dirigido por Francis Ford Coppola.
A personagem se tornou uma das mais emblemáticas da franquia, reaparecendo em O Poderoso Chefão – Parte II (1974) e Parte III (1990).
A parceria com o cineasta Woody Allen marcou um capítulo essencial de sua trajetória. Keaton estrelou diversas produções do diretor, começando por Sonhos de um Sedutor (1972), seguida de O Dorminhoco (1973) e A Última Noite de Boris Grushenko (1975).
No entanto, foi com a comédia romântica Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (Annie Hall, 1977) que ela viveu seu auge profissional — o papel rendeu a Keaton o Oscar de Melhor Atriz, consagrando-a como uma das maiores intérpretes de sua geração.
Ao longo da carreira, Diane Keaton também se destacou em papéis dramáticos intensos, como À Procura de Mr. Goodbar (1977) e Interiores (1978).
Seu talento versátil lhe garantiu outras três indicações ao Oscar: por Reds (1981), em que interpretou a ativista feminista Louise Bryant; por As Filhas de Marvin (1996), como uma mulher que enfrenta a leucemia; e por Alguém Tem que Ceder (2003), em que deu vida a uma dramaturga que se apaixona inesperadamente.
Sua filmografia inclui ainda sucessos populares como Manhattan (1979), Presente de Grego (1987), Pai da Noiva (1991) e sua sequência Pai da Noiva – Parte II (1995), Um Misterioso Assassinato em Manhattan (1993), O Clube das Desquitadas (1996), Tudo em Família (2005), Loucas por Amor, Viciadas em Dinheiro (2008), Uma Manhã Gloriosa (2010), a animação Procurando Dory (2016) e Do Jeito que Elas Querem (2018).
Em 2014, Keaton representou Woody Allen ao receber o prêmio Cecil B. DeMille, honraria concedida pelo conjunto da obra no Globo de Ouro, momento que simbolizou o respeito e a admiração que conquistou na indústria cinematográfica.
