O Ministério da Saúde determinou a substituição de canetas de insulina reutilizáveis distribuídas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) que apresentarem falhas. Até o momento, 50 mil unidades do produto, essencial para o tratamento de pessoas com diabetes tipo 1, já foram trocadas.

Caneta de insulina reutilizável fornecida pela GlobalX ao Ministério da Saúde para uso no SUS. Foto: reprodução

A decisão foi tomada após relatos de quebras e falhas mecânicas no material fornecido pela empresa GlobalX. As queixas partiram das secretarias estaduais de Saúde e também chegaram às redes sociais do ministério.

O modelo reutilizável começou a ser distribuído neste ano, em substituição ao tipo descartável. Técnicos relataram dificuldade de encaixe do carpule, vazamentos e rompimentos dos dispositivos. As unidades devolvidas estão sendo inspecionadas para identificar a origem dos problemas e definir medidas corretivas.

Quase 3 milhões de canetas já foram entregues em todo o país, e a previsão é de alcançar 4,5 milhões até o fim do ano.

Em nota à Folha de S.Paulo, a GlobalX informou que apenas 1,5% das unidades apresentou defeitos. A empresa declarou ter doado mais 1,4 milhão de canetas e mantém diálogo com o ministério para realizar ajustes no produto. Entre as mudanças estudadas estão a transparência no suporte do carpule, a troca do sistema de trava por rosca e etiquetas que diferenciem as insulinas NPH, usada para manutenção, e regular, aplicada após as refeições. Como o modelo atual não diferencia as doses, muitos pacientes têm usado a caneta apenas para um tipo, a fim de evitar confusões.


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