O Hamas anunciou que aceitou uma proposta de cessar-fogo de 60 dias com Israel, apresentada pelo governo dos Estados Unidos.
O grupo afirmou estar pronto para iniciar as negociações finais sobre a implementação do acordo, embora ainda não haja uma data definida para que a trégua entre em vigor.
De acordo com uma autoridade do Hamas, a resposta enviada aos mediadores do Catar e do Egito foi considerada “positiva” e, segundo ele, deve facilitar a obtenção de um acordo definitivo. Os detalhes do conteúdo da proposta não foram divulgados.
Mais cedo, o presidente norte-americano Donald Trump declarou que havia apresentado um texto final com os termos do cessar-fogo.
Caso seja formalizado, este será o terceiro acordo de trégua desde o início da guerra, que já se arrasta há quase 21 meses.
Na última terça-feira (1º), Trump afirmou que o governo israelense já havia concordado com as condições essenciais para o cessar-fogo e que o período de 60 dias seria utilizado para avanços nas negociações por um acordo de paz duradouro.
Até o momento, o governo de Israel não se manifestou oficialmente sobre a proposta ou sobre as declarações do presidente dos EUA.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, deve se encontrar com Trump na próxima segunda-feira (7), em Washington.
Trump afirmou que será “muito firme” ao cobrar um cessar-fogo imediato por parte de Netanyahu.
“Esperamos que aconteça. E esperamos que aconteça em algum momento da próxima semana”, disse o presidente a jornalistas. “Queremos tirar os reféns de lá”, completou.
CONTEXTO DA GUERRA
O conflito na Faixa de Gaza teve início em 7 de outubro de 2023, quando terroristas do Hamas lançaram um ataque surpresa em território israelense, matando cerca de 1.200 pessoas e fazendo 251 reféns, a maioria civis.
Em resposta, Israel iniciou uma ofensiva militar de larga escala contra o grupo extremista. Desde então, mais de 56 mil palestinos foram mortos, segundo números divulgados por autoridades de saúde de Gaza, controladas pelo próprio Hamas.
O território foi amplamente destruído, e a maioria da população está deslocada, vivendo em condições extremas, com falta de alimentos, desnutrição generalizada e colapso dos serviços básicos de saúde e saneamento.