A Polícia Rodoviária Federal pode passar a se chamar Polícia Viária Federal e ter sua área de atuação ampliada para ferrovias e hidrovias conforme proposta do governo incluída na PEC da Segurança Pública que tramita na Câmara dos Deputados.

Segundo estimativas, a troca de nome e a necessidade de reformular toda a identidade visual da corporação desde uniformes até pintura de veículos e aeronaves poderá custar mais de R$ 250 milhões aos cofres públicos. Apenas a pintura dos helicópteros pode alcançar R$ 250 mil enquanto os uniformes para cerca de 13 mil agentes teriam custo estimado em R$ 80 mil.

A categoria apoia a PEC mas resiste à alteração do nome alegando que a PRF tem quase um século de história e tradição. Em outros países, polícias com funções ampliadas mantêm o nome original para preservar a identidade institucional.

O texto está na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara e deve ser votado ainda neste mês. Após aprovação, seguirá para uma comissão especial para análise mais detalhada.

A proposta também limita a atuação da futura Polícia Viária Federal que não poderá investigar crimes, função exclusiva da Polícia Federal e das Polícias Civis, mas poderá realizar atividades de inteligência próprias.

Outro ponto prevê que a corporação possa auxiliar temporariamente as forças estaduais e distritais mediante pedido dos governadores e autorização do governo federal.

Embora já previstas em normativas, essas alterações ganhariam força constitucional com a aprovação da PEC garantindo maior estabilidade para a corporação.


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