A violência patrimonial contra pessoas idosas tem crescido de forma alarmante no Maranhão. Somente entre janeiro e maio de 2025, o Centro Integrado de Apoio e Prevenção à Violência contra a Pessoa Idosa recebeu 81 denúncias relacionadas a esse tipo de abuso, que ocorre, em muitos casos, de forma silenciosa e gradual.

De acordo com o Ministério Público, os agressores costumam ser membros da própria família que passam a controlar os bens e rendimentos da vítima — incluindo aposentadorias, imóveis e até cartões de crédito.

Embora o impacto financeiro seja evidente, os danos emocionais e psicológicos também são significativos.

Um levantamento realizado pela Promotoria de Justiça de Defesa do Idoso revela que cerca de 70% dos crimes contra pessoas idosas são cometidos por familiares.

Somente na Grande Ilha de São Luís, foram registradas 1.923 denúncias de violência contra idosos entre 2024 e maio deste ano. O número representa um aumento de 14% em comparação ao mesmo período anterior.

Além da violência patrimonial, também foram denunciados casos de negligência, violência psicológica, autonegligência, abandono, agressões físicas, dificuldades para obter documentação básica e situações que exigem orientação familiar.

Entre os fatores que impulsionam esse crescimento estão as fraudes financeiras, especialmente relacionadas a empréstimos e uso indevido de cartões de crédito em nome dos idosos.

Para combater esse cenário, está em andamento em São Luís a campanha Junho Violeta, voltada à conscientização e prevenção da violência contra a pessoa idosa.

A mobilização envolve órgãos públicos e instituições que reforçam a importância da vigilância por parte de amigos, vizinhos e familiares — sobretudo quando os agressores são pessoas próximas da vítima. As denúncias podem ser feitas de forma anônima pelo Disque 100.


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