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A economia do Nordeste é fortemente concentrada em quatro estados, segundo dados do Info Nordeste 2025, elaborado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).

Juntas, Bahia, Pernambuco, Ceará e Maranhão respondem por mais de 70% do Produto Interno Bruto (PIB) da região.

A Bahia lidera o ranking econômico nordestino, com 29,0% de participação no PIB regional.

Na sequência aparecem Pernambuco (17,7%), Ceará (15,4%) e Maranhão (10,1%). Os demais estados têm representações menores: Rio Grande do Norte (6,8%), Paraíba (6,2%), Alagoas (5,5%), Piauí (5,2%) e Sergipe (4,1%).

Esse cenário de concentração se reflete também na indústria de transformação, embora com características produtivas distintas.

A Bahia é destaque na produção de alimentos (17,7%), produtos químicos (16,6%) e derivados de petróleo (12,7%). Pernambuco lidera na fabricação de veículos automotores (28,0%) e também tem presença expressiva na indústria química (15,8%).

O Maranhão se sobressai nos setores de papel e celulose (25,7%) e bebidas (22,7%), enquanto o Piauí domina a produção de bebidas, com 47,6% do total regional. Já a Paraíba apresenta um perfil diversificado, com destaque para couro (19,7%) e minerais não metálicos (16,1%).

Apesar dos desafios históricos, a região vem apresentando sinais de fortalecimento econômico. Em 2022, o Nordeste registrou um PIB de R$ 1,388 trilhão, o equivalente a 13,8% da economia nacional — maior participação em quase 30 anos.

O crescimento tem sido impulsionado pelo setor de serviços, pela valorização do agronegócio no Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) e por investimentos em energia e tecnologia.

Enquanto a participação populacional do Nordeste caiu para 26,9% em 2024, a performance econômica segue em ascensão.

O ritmo de crescimento do PIB supera o avanço demográfico, sinalizando uma reconfiguração positiva do papel da região na economia brasileira.

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