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A partir desta terça-feira, 29, servidores do Ministério da Cultura (MinC) e de instituições vinculadas, como o Iphan, Ibram, Fundação Biblioteca Nacional e Funarte, entram em greve por tempo indeterminado. A paralisação, que já foi aprovada em pelo menos 15 estados — entre eles o Maranhão —, reivindica principalmente a reestruturação da carreira da Cultura e a valorização dos profissionais do setor.

Ministra da Cultura, Margareth Menezes

Segundo a Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Condsef), a greve ocorre devido à falta de avanços nas negociações com o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), responsável por encaminhar o plano de reestruturação de carreira entregue no ano passado pela ministra da Cultura, Margareth Menezes.

A greve agora não é por falta de ação do MinC, mas pela ausência de respostas do MGI”, afirmou Ruth Vaz Costa, da Condsef. Ela destaca que, mesmo com a proposta já formalmente apresentada, as tentativas de diálogo têm sido ignoradas, com seis reuniões agendadas e depois adiadas pelo MGI.

Entre as principais queixas dos servidores estão os baixos salários em comparação a outras carreiras do serviço público federal e a sobrecarga de trabalho, agravada pela redução de 36,6% no quadro de pessoal do MinC nos últimos dez anos — índice muito superior à média de 7,8% de redução em todo o funcionalismo federal no mesmo período.

O Ministério da Cultura, em nota, afirmou que respeita a mobilização dos servidores e reforçou que vem trabalhando, em conjunto com o MGI, para a construção do novo plano de carreira.

Além do Maranhão, a greve foi aprovada no Distrito Federal, Amazonas, Pará, Tocantins, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Bahia, Goiás, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina.

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