A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou nesta quinta-feira (13) a favor do recebimento da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros integrantes do chamado núcleo crucial da suposta trama golpista.

O órgão entende que há elementos suficientes para transformar os acusados em réus.

A denúncia inclui:

  • Jair Bolsonaro, ex-presidente;
  • Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Abin;
  • Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha;
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF;
  • General Augusto Heleno, ex-ministro do GSI;
  • Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
  • Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
  • Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil.

A PGR destacou que a denúncia descreve de maneira detalhada os crimes e o papel de cada acusado na tentativa de golpe.

Segundo o órgão, não há motivo para arquivamento e a investigação respeitou todos os trâmites legais.

Defesas negam acusações

Os advogados dos investigados argumentam que:

– O STF não seria o foro competente para julgar o caso;

– O relator, ministro Alexandre de Moraes, teria extrapolado sua função ao tomar medidas por conta própria;

– Não tiveram acesso a todas as provas;

– Não há evidências concretas que comprovem os crimes.

A PGR, no entanto, rejeitou todas essas alegações, afirmando que a delação do tenente-coronel Mauro Cid é válida e ocorreu voluntariamente.

Além disso, destacou que a Polícia Federal seguiu os trâmites legais, sem violar o direito de defesa dos acusados.

PRÓXIMOS PASSOS

Com a manifestação da PGR, o ministro Alexandre de Moraes deverá preparar seu voto e submeter o caso à Primeira Turma do STF, composta por:

  • Cristiano Zanin (presidente da turma);
  • Alexandre de Moraes (relator);
  • Luiz Fux;
  • Cármen Lúcia;
  • Flávio Dino.

O julgamento decidirá se os denunciados virarão réus e responderão formalmente pelos crimes ou se o caso será arquivado.


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