Equipes da Secretaria de Estado da Saúde (SES) e do Ministério da Saúde reuniram-se com representantes dos municípios de São Luís, São José de Ribamar, Raposa e Paço do Lumiar, nesta quarta-feira (26), para debater estratégias de vigilância e controle de doenças como esquistossomose, hanseníase, tuberculose e malária.
O encontro integra as ações do programa Brasil Saudável busca eliminar 14 doenças determinadas socialmente, como: malária, doença de Chagas, tracoma, filariose linfática, hanseníase, tuberculose, esquistossomose, oncocercose, geo-helmintíase, além de cinco infecções de transmissão vertical (sífilis, hepatite B, HIV e HTLV), que acometem populações em vulnerabilidade.
A secretária adjunta da Política de Atenção Primária e Vigilância em Saúde da SES, Déborah Campos, destacou a importância da parceria entre estado e municípios para avançar no combate às doenças socialmente transmissíveis.
“O Maranhão é um estado prioritário no projeto de eliminação dessas doenças. Estamos dialogando com os municípios da Região Metropolitana, que possuem os maiores indicadores populacionais e incidência relevante de doenças. A atenção primária é fundamental nesse processo, pois permite identificar e tratar os casos precocemente, reduzindo óbitos e sequelas, como no caso da hanseníase”, destacou.
A diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Alda Maria da Cruz, ressaltou a ampliação do debate com o governo federal, estados e municípios. “Estamos em um movimento de aproximação com o Maranhão, considerando os programas que temos na Amazônia Legal, como o Programa Mais Saúde da Amazônia Legal e o Brasil Saudável. O estado participou ativamente da eliminação da filariose linfática, validada no final do ano passado. Agora, buscamos fortalecer a troca de experiências e aprimorar a vigilância epidemiológica”, explicou.
A reunião também abordou planos de intervenção para doenças diarreicas agudas e estratégias para o enfrentamento da tuberculose, além do fortalecimento da parceria entre o Governo do Maranhão e a Fiocruz em pesquisas na área da saúde pública. A Região Metropolitana de São Luís foi priorizada devido à sua relevância epidemiológica e por abrigar municípios que integram o programa Brasil Saudável.
Alda Maria da Cruz acompanhou, ainda, o programa Hanseníase em Foco, que utiliza a telemedicina para aprimorar a vigilância e capacitação dos profissionais. De acordo com a diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde essa estratégia pode ser expandida para outras regiões do país. O programa hoje ocorre em 15 municípios maranhenses e a expectativa da SES, é expandir para outras cidades.
A superintendente de Epidemiologia e Controle de Doenças da SES, Dalila Santos, detalhou outras iniciativas em curso. “Hoje estamos discutindo ações estratégicas para o Estado, apresentando iniciativas exitosas e planejadas novas atividades com os municípios. Também buscamos apoio do Ministério da Saúde para fortalecer essas ações”, explicou Dalila.
A iniciativa reforça o compromisso do estado com o fortalecimento da vigilância em saúde e a redução dos índices de doenças transmissíveis, buscando garantir o direito à saúde para toda a população maranhense.
A coordenadora de Vigilância Epidemiológica de São Luís, Juliane Ferreira Lopes dos Santos, ressaltou a importância do evento para os municípios. “É sempre importante, quando o Ministério da Saúde faz essas convocações, apresentarmos os dados epidemiológicos do município, os avanços que estamos tendo e quais atividades desenvolvemos ao longo do tempo. As equipes acabaram de apresentar a série histórica da hanseníase e tuberculose, mostrando os avanços que tivemos e as ações programadas para 2025”, pontuou.