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A defesa da exploração da Margem Equatorial do Brasil voltou à tona, durante a semana passada, com a informação do próprio presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, de que a Petrobras estaria cumprindo as exigências ambientais e, portanto, próxima de obter o licenciamento.

Outra notícia, com forte repercussão, foi a campanha que deverá ser encampada pelo governo federal a favor dos investimentos nas operações como um “trunfo eleitoral imbatível” a partir das descobertas de petróleo e gás.

Nos últimos anos, a defesa da Margem Equatorial tem sido uma causa defendida, com afinco, pelo ex-diretor da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), Allan Kardec Duailibe, diretor-presidente da Companhia Maranhense de Gás (Gasmar).

Allan Kardec Duailibe, diretor-presidente da Gasmar

Duailibe é um dos autores dos estudos que avaliam o imenso potencial de petróleo e gás da região que vai no litoral do Amapá ao Rio Grande no Norte.

A Petrobras planeja investir US$ 3 bilhões em atividades exploratórias na Margem Equatorial, até 2029, mas tem encontrado obstáculos na obtenção do licenciamento e enfrentado campanhas de ambientalistas contrários.

O diretor-presidente da Gasmar, que é também professor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), mestre, doutor e pós-doutor, tem realizado palestras em todo o país em defesa do desenvolvimento socioeconômico que a exploração da região pode trazer.

As exposições incluem respostas científicas às especulações de danos ambientais com estudos e pesquisas.

Ele esteve esta semana, em Brasília, em audiência com a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, para viabilizar um projeto de Sistema Especial para Monitoramento da Margem Equatorial Brasileira que vai possibilitar o monitoramento de derramamento de óleo offshore no oceano, a localização de embarcações e tripulantes em situações de emergência e ainda o monitoramento de navios em águas territoriais brasileiras.

“Os desafios que o governo Lula tem enfrentado para destravar a economia e, consequentemente, garantir a sucessão, poderão ser vencidos com este que será, de fato, um grande vetor de desenvolvimento do Brasil: a exploração da Margem Equatorial. Já existe chave, só precisamos agora girar”, afirma.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) estima que a produção na Margem Equatorial poderá criar 326 mil empregos formais.

Um exemplo de êxito na economia, citado por Allan Kardec, é a Guiana, que iniciou a extração de óleo em 2019 e hoje possui reservas da ordem de 11 bilhões de barris, com projeções de ultrapassar, em breve, a Venezuela como maior produtor sul-americano.

É o país que mais cresce na América do Sul em razão da descoberta de reservas de petróleo. Segundo dados do Banco Mundial, de 2015 a 2022, a Guiana apresentou um crescimento significativo do Produto Interno Bruto (PIB), saltando de 0,7% para 63,4%, o maior do mundo.

 

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