Em uma estratégia para ampliar a proteção contra a dengue, o Ministério da Saúde determinou que vacinas contra a doença que estejam próximas de vencer poderão ser aplicadas fora da faixa etária original estipulada para o Sistema Único de Saúde (SUS) ou remanejadas para municípios ainda não contemplados pela vacinação.
As vacinas com validade de até 2 meses poderão ser aplicadas em pessoas de 6 a 16 anos, ampliando a faixa etária além da originalmente estabelecida para o SUS, que contempla pessoas de 10 a 14 anos. Para as vacinas com validade de 1 mês, a aplicação poderá abranger indivíduos de 4 a 59 anos e 11 meses, conforme as especificações da bula do imunizante.
Além disso, as vacinas com data de vencimento próxima poderão ser remanejadas para municípios que ainda não receberam a vacina, garantindo que o maior número possível de pessoas seja imunizado contra a dengue.
O objetivo dessa estratégia é assegurar que todas as doses adquiridas cheguem à população e contribuam para o aumento da imunização contra a dengue. O Ministério da Saúde também enfatiza que a expansão do público-alvo deve ser baseada na disponibilidade de doses e na situação epidemiológica de cada região.
Para garantir a eficácia da vacina, é necessário que os indivíduos tomem duas doses. No entanto, em 2024, apenas 3,8 milhões de doses foram aplicadas das 6,5 milhões enviadas aos estados e municípios. A situação é especialmente preocupante entre os adolescentes, com cerca de 1,3 milhão de jovens que iniciaram o esquema vacinal, mas não retornaram para a segunda dose.
O Ministério da Saúde recomenda que estados e municípios intensifiquem a busca ativa, identificando as pessoas que não completaram o esquema vacinal e incentivando a finalização da imunização.