O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira, 13, durante um evento em Macapá (AP), que o governo não fará “nenhuma loucura ambiental”, mas reforçou que “ninguém pode proibir” a pesquisa para verificar a existência de petróleo na Foz do Amazonas.
“Ninguém pode proibir a gente de pesquisar para saber o tamanho da riqueza que a gente tem. Vamos trabalhar muito. Quero que o governador saiba, que os senadores saibam, que a gente não vai fazer nenhuma loucura ambiental, mas a gente tem que estudar, a gente tem que assumir compromisso de que a gente vai ser muito responsável”, declarou o presidente.
Lula voltou a criticar o que chamou de “lenga-lenga” do Ibama para liberar a pesquisa na Margem Equatorial, região que se estende pela costa do Amapá, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte.
“Eu acho que um dia a gente não vai precisar de combustível fóssil, mas esse dia está longe ainda. A humanidade vai precisar muito tempo. Tem gente que fala que não pode pesquisar a Margem Equatorial para saber se a gente tem petróleo”, afirmou.
A Petrobras solicitou ao Ibama autorização para perfurar um poço na Foz do Amazonas, a cerca de 170 km da costa do Amapá e a 2.880 metros de profundidade, como parte do planejamento estratégico da estatal.
A companhia pretende investir US$ 3,1 bilhões na perfuração de 16 poços na Margem Equatorial entre 2024 e 2028.
Ambientalistas, no entanto, se opõem à exploração, alertando para possíveis danos à fauna e à flora, além dos riscos à população local.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), eleito pelo Amapá, apoia o projeto e já discutiu o tema com Lula.
O Ibama informou que a solicitação da Petrobras segue em análise técnica e que ainda não há prazo para uma decisão.