O primeiro mês de 2025 foi o mais quente já registrado no mundo, segundo dados do observatório europeu Copernicus.
O recorde reforça o alerta sobre as mudanças climáticas, que mantêm o planeta sob uma sequência ininterrupta de 18 meses de temperaturas extremas.
De acordo com os cientistas, janeiro de 2025 ficou 1,75°C mais quente do que a média registrada no final do século XIX, período anterior ao aquecimento global provocado pela ação humana.
A expectativa era de que o fenômeno climático La Niña, que tende a resfriar os oceanos e reduzir as temperaturas globais, trouxesse uma leve trégua. No entanto, isso não aconteceu.
A perda de força da La Niña e o calor persistente preocupam especialistas, que alertam para a possibilidade de mais um ano de recordes de temperatura.
O impacto do calor extremo no Brasil
No Brasil, o ano de 2024 já havia sido marcado por temperaturas extremas, afetando milhões de pessoas.
Um levantamento apontou que mais de 6 milhões de brasileiros enfrentaram ao menos 150 dias de calor intenso ao longo do ano.
Ao todo, 111 cidades registraram temperaturas acima da média histórica por mais de cinco meses.
Nenhuma cidade do país escapou do calor extremo: todas as regiões tiveram pelo menos um dia com temperaturas consideradas excepcionalmente altas.
Em Belém (PA), por exemplo, a média histórica para novembro é de 33,9°C, mas no ano passado, os termômetros chegaram a 37,1°C.
O ano de 2024 já havia superado pela primeira vez a marca de 1,6°C acima da média global, um nível considerado crítico pelos especialistas.
Com o início de 2025 batendo novos recordes, cientistas alertam que a tendência de aquecimento acelerado segue sem sinais de desaceleração.