Uma estudante de direito da Unidade Central de Educação Faem (UCEFF), em Chapecó, Santa Catarina, está sendo investigada pela Polícia Civil sob suspeita de desviar quase R$ 77 mil do fundo de formatura da turma para realizar apostas no ‘jogo do tigrinho’. O evento, que estava previsto para ocorrer em 22 de fevereiro, foi cancelado devido à falta de recursos.

A suspeita, que era presidente da comissão de formatura, confessou em mensagens aos colegas que utilizou o dinheiro do evento para tentar recuperar perdas anteriores em apostas on-line. “Eu perdi todo o dinheiro da formatura. Me viciei em apostas on-line, Tigrinho e afins, e quando perdi todo o dinheiro que eu tinha guardado, comecei a usar o da formatura para tentar recuperar. E aí, cada vez mais fui me afundando no jogo“, escreveu.

Diante da situação, a Polícia Civil abriu um inquérito para investigar o caso, trabalhando com as hipóteses de apropriação indébita ou estelionato.
Testemunhas, vítimas e a própria suspeita devem ser ouvidas nos próximos dias. A defesa da estudante afirmou que todas as medidas judiciais serão tomadas para tentar recuperar os valores perdidos e ressarcir os colegas.
Os alunos, que haviam contribuído por três anos para garantir a realização da formatura, agora buscam alternativas para realizar a celebração em maio deste ano. Uma vaquinha on-line e eventos beneficentes estão sendo organizados para arrecadar fundos.
A empresa responsável pela formatura, Nova Era Formaturas, declarou que não tinha qualquer responsabilidade sobre a arrecadação e administração do dinheiro, que estava sob controle exclusivo dos formandos. A UCEFF, por sua vez, informou que não participa da organização de eventos festivos e que prestou assessoria jurídica e administrativa aos estudantes afetados.
Imaginem essa estelionatária prestando juramento por ocasião da formatura;
imaginem essa estelionatária portando carteira da OAB;
imaginem essa mesma estelionatária na condição de membro da Defensoria Pública;
Imaginem, ainda, essa mesma estelionatária prestando concurso para juiz.
Em fim, a Faculdade onde ela aplicou o ‘golpe da formatura’, manterá a estelionatária como aluna ou vai levá-la às barras da lei?